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sábado, 31 de dezembro de 2011

CORAÇÃO SOLIDÁRIO

Bem aventurado o que socorre ao necessitado; o Senhor o livra no dia do malSl 41.1

Ainda que o nosso Mestre Jesus Cristo tenha nos orientado a ajudar as pessoas necessitadas ignorando com a nossa mão esquerda o que faz a direita (Mt 6.3), vemos no início do salmo destacado que Deus se alegra e abençoa todos aqueles que se compadecem e socorrem os aflitos e necessitados. Os versículos iniciais nos revelam quais são as bênçãos prometidas para aqueles que têm realmente um coração solidário.
Aquele que se compadece do necessitado e o socorre experimentará o livramento do Senhor. Isso está bem claro na parte final do primeiro versículo: “(...) o Senhor o livra no dia mal”. A nossa solidariedade para com os carentes nunca cairá no esquecimento de Deus, pois poderá chegar a nossa vez de precisarmos de ajuda também. Com certeza, a intervenção divina é certa e oportuna “no dia mal”, quando tudo dá errado e os problemas parecem insolúveis, com as situações da vida tornando-se “cinzentas” ou “nubladas”.
A proteção dos Céus é outra benção garantida para aqueles que têm consideração para com os pobres e aflitos. Essa promessa é claramente declarada no segundo versículo: “O Senhor o protege, preserva-lhe a vida e o faz feliz na terra; não o entrega à discrição dos seus inimigos”. Deus se coloca do lado daqueles que são solidários para com os menos favorecidos nesta vida, garantindo a proteção contra terríveis inimigos que querem nos destruir e tirar de cada um de nós a felicidade. Louvado seja o Senhor!
A assistência divina no momento de enfermidade é outra maravilhosa benção para os misericordiosos. Observe o que diz o cântico: “O Senhor o assiste no leito de enfermidade; na doença tu lhe afofas a cama” (3). Não fica nenhuma dúvida de que teremos Deus ao nosso lado, cuidando-nos com muito carinho, quando estivermos doentes. Que maravilha saber que nosso Pai Celeste faz a cama do enfermo tornar-se mais confortável, ou seja, alivia as dores daquele que socorreu aos necessitados.
Queridos leitores, não tenhamos dúvidas de que Deus se agrada dos seus filhos quando eles praticam a misericórdia para com aqueles que estão aflitos e necessitados. A alegria divina é tanta que recompensa a solidariedade dos seus providenciando livramento no dia mal, proteção, segurança e assistência na hora da dor. Aliás, o nosso Senhor Jesus Cristo deixou bem claro: “Bem aventurados os misericordiosos, pois alcançarão misericórdia” (Mt 5.7). Feliz e abençoado 2012 para você e sua família!
Pr Sidney Rosa

sábado, 24 de dezembro de 2011

NATAL INESQUECÍVEL



E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns para os outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer Lc 2.15

A reação dos pastores, após receberem a mensagem trazida pelo anjo do Senhor, foi rápida e positiva, pois queriam ver os acontecimentos que o Senhor lhes anunciou, a respeito do nascimento do Redentor de toda a humanidade. Com certeza aquele Natal foi inesquecível na vida daqueles homens que guardavam o rebanho de ovelhas, e também este Natal pode ser inesquecível na sua, pelos seguintes motivos.
O Natal de Jesus Cristo é boa nova de grande alegria. O anjo enviado declarou: “Não temais; eis que vos trago boa nova de grande alegria (...) é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (10,11). Essa é a boa notícia do Natal: Deus enviou seu filho para libertar as pessoas dos seus pecados, da morte e da condenação eterna. O nascimento de Jesus Cristo só aconteceu porque Deus nos ama e quer salvar-nos. Como essa boa nova vinda dos céus traz grande alegria aos nossos corações!
O Natal do Filho de Deus trouxe a verdadeira paz. Logo após a mensagem do anjo, um grande coral de anjos entoou: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (14). A falta de paz no coração humano é resultado da separação de Deus imposta pelo pecado. Entretanto, com o nascimento do Príncipe da Paz, a esperança renasce para todas as pessoas de boa vontade. Esta paz está disponível a todos e não depende de circunstâncias exteriores, mas de um coração aberto à Graça divina.
O Natal do Messias prometido possibilita a reconciliação com Deus. Os pastores não se deixaram dominar pela dúvida e, após ouvirem a mensagem, “foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura” (16). Aqueles homens simples aproveitaram a oportunidade para confirmar a fé e não foram decepcionados, pois encontraram naquela manjedoura, “envolto em panos”, a criança que anos mais tarde morreria na cruz para reconciliar o pecador perdido com o Deus Eterno.
Queridos leitores, como o Natal foi inesquecível para aqueles pastores, os quais voltaram “glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado” (20). Este Natal, da mesma forma, pode se tornar inesquecível em sua vida também, pois abrindo, pela fé, seu coração a Jesus Cristo você será salvo da condenação eterna e, reconciliado com Deus, experimentará a alegria da salvação e a verdadeira paz. Feliz Natal para você e toda a sua família!

Pr Sidney Rosa


   

domingo, 18 de dezembro de 2011

FELICIDADE VERDADEIRA

Bem aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança e não pende para os arrogantes, nem para os afeiçoados à mentiraSl 40.4

Temos mais um salmo de gratidão atribuído a Davi. Nele percebemos como o coração do rei estava feliz pelo livramento vindo da parte do Senhor em uma situação de risco. No verso destacado, não há dúvida de que a felicidade verdadeira só é possível quando colocamos toda nossa confiança no Senhor. Assim sendo, o salmo nos revela como Deus concede que experimentemos a felicidade eterna, por meio da fé.
 O Senhor nos resgata da perdição do pecado quando confiamos nele de todo coração. Notemos o maravilhoso testemunho do salmista quando invocou ao Senhor: “Tirou-me de um poço de perdição, de um tremendal de lama (...)” (2a). Pelos nossos esforços humanos, permaneceríamos neste estado de infelicidade e miséria que o pecado acarreta, pois somente a graça de Deus pode nos tirar de uma situação tão perigosa como a descrita pelo salmista.
Além disso, o Senhor também nos garante um viver seguro neste mundo tão inseguro. O testemunho do salmista continua: “colocou-me os pés sobre uma rocha e firmou-me os passos” (2b). Em contraste com o terrível “atoleiro” em que nos coloca o pecado, o Deus Eterno, quando nos resgata, firma os nossos pés sobre uma “rocha” estável e digna de confiança. Por isso, certo cristão convicto afirmou: “Sobre Cristo, a Rocha sólida, estou de pé. Todo outro terreno é areia movediça”.
O Senhor continua sua obra em nós colocando em nossos lábios um novo cântico. Observe o que nos revela o terceiro verso: “E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor”. A obra da graça divina em nossas vidas é tão tremenda e tão maravilhosa que faz brotar dos nossos lábios, espontaneamente, um desejo de louvar a Deus, com sincera gratidão, pois Ele nos proporciona tão grande, eterna e perfeita salvação. 
Amados leitores, vimos, então, que Deus deseja que todas as pessoas desfrutem da verdadeira felicidade. Ele nunca se conformou em ver tantos infelizes atolados na “areia movediça” do pecado, da arrogância e da mentira. Confie no Senhor Jesus Cristo de todo coração e não permita que as pessoas arrogantes e mentirosas desviem você da felicidade verdadeira que vem de Deus.

Pr Sidney Rosa

domingo, 11 de dezembro de 2011

FRAGILIDADE HUMANA



Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidadeSl 39.4

Muito interessante e instrutiva é a oração feita por Davi, a qual está inserida no salmo em destaque, em que ele pede a Deus que o faça conhecer e reconhecer a realidade da fragilidade humana. O desconhecimento da nossa finitude pode nos levar a um estilo de vida altamente destrutivo por não considerar alguns fatores que são determinantes em nosso relacionamento com Deus e com o próximo.
À luz de nossa fragilidade devemos sempre controlar o uso de nossas palavras. Veja como o salmo nos instrui: “Disse comigo mesmo: guardarei os meus caminhos, para não pecar com a língua; porei mordaça à minha boca, enquanto estiver na minha presença o ímpio” (1). A preocupação com a língua era tanta que o compositor do cântico decidiu colocar uma “mordaça” na boca. O mesmo cuidado deve existir em nós, pois não podemos ignorar o poder das nossas palavras, usadas para abençoar ou para amaldiçoar as pessoas. Elas também podem glorificar e louvar a Deus ou entristecê-lO com os nossos murmúrios e reclamações. Por isso, encontramos várias orientações bíblicas para não sermos precipitados no uso de nossas palavras. Uma delas nos ensina o seguinte: “Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irarTg 1.19
Levando em conta também a fugacidade da nossa vida, devemos reconhecer nossa total dependência do Senhor. Neste sentido, o salmista é enfático: “Ouve, Senhor, a minha oração, escuta-me quando grito por socorro; não te emudeças à vista de minhas lágrimas, porque sou forasteiro à tua presença, peregrino como todos os meus pais o foram” (12). De fato, somos peregrinos ou forasteiros nesta vida tão curta e passageira! Por isso devemos nos conduzir neste mundo reconhecendo nossa total dependência do Senhor, fazendo da oração o meio de buscarmos auxílio dos céus em nossa caminhada de fé. Não são poucas as vezes que também devemos gritar pedindo socorro ao nosso Deus e Pai. Passamos por muitas provações nesta vida. Elas nos levam a reconhecer as nossas limitações, pois vão além da capacidade humana. Quantas lágrimas já vertemos por nos sentirmos impotentes diante de problemas que nos assediam diariamente. Nestes momentos, não vemos outra saída, senão levantarmos as mãos para o Alto e gritarmos pelo socorro divino.
Amados leitores, conhecer e reconhecer a nossa fragilidade pode nos levar a um estilo de vida abençoado, em nosso relacionamento com o semelhante e também com Deus. Pois, com certeza, teremos muito mais prudência em nosso falar, para que outros sejam abençoados e nosso Pai Celestial glorificado. Além do mais, não teremos dúvida nenhuma de que em tudo dependemos do Senhor, sendo a prática da oração o meio de expressarmos esta dependência.
 Pr Sidney Rosa

domingo, 4 de dezembro de 2011

ESPERANÇA FORTALECIDA



Pois em ti, Senhor, espero; tu me atenderás, Senhor, Deus meuSl 38.15

Ainda que a composição do salmo em destaque seja atribuída a Davi, é difícil apontar qual era o momento histórico vivido pelo rei de Israel. O subtítulo do salmo “em memória” parece nos dar a idéia, como dizem alguns estudiosos, de que o salmista pretendia preparar um hino que passasse a ser uma advertência para o futuro, para quando a tentação viesse. Considerando tal possibilidade, encontramos no cântico alguns fatores que fortalecem nossa esperança no amor gracioso de nosso Deus Pai.
Nossa esperança sempre será fortalecida quando mantemos nossa consciência sensível à voz de Deus. O quadro pessoal descrito pelo salmista nos oito primeiros versículos é dramático, trágico e de profundo sofrimento físico, mental e moral. As expressões são fortíssimas: “Ó Senhor, não me repreendas na tua ira... sobre mim a tua mão pesou... as minhas iniqüidades submergem a minha cabeça... estou muito abatido... ando lamentando o dia todo” e, desta forma, demonstra o quanto os seus erros pesaram sobre ele. As lembranças de tais experiências, ainda que doloridas e tristes, mantiveram a consciência do salmista sensível para confiar mais uma vez na graça perdoadora de Deus, e clamar “Na tua presença, Senhor, estão os meus desejos todos, a minha ansiedade não me é oculta”. (9)
Outro fator fortalecedor da nossa esperança na graça abençoadora de Deus é agirmos com integridade para com todas as pessoas. No seu momento de maior crise, o salmista vê o afastamento de seus amigos e a aproximação de seus inimigos. No seu lamento não esconde a sua decepção: “Bate-me excitado o coração, faltam-me as forças, e a luz dos meus olhos, essa mesma já não está comigo. Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga, e os meus parentes ficam de longe” (10,11). Quanto aos inimigos revela que: “Armam ciladas contra mim os que tramam tirar a minha vida; os que me procuram me fazer o mal dizem coisas perniciosas e imaginam engano todo o dia” (12). Apesar de a situação do salmista ser muito delicada e perigosa, ele não se desespera e age com integridade: “Mas eu, como surdo, não ouço e, qual mudo, não abro a boca. Sou, com efeito, como quem não ouve e em cujos lábios não há réplica” (13,14). Que comportamento exemplar para nós que esperamos na justa intervenção de Deus em favor da verdade!
Portanto, queridos leitores, façamos deste salmo um dos nossos memoriais em nossa caminha de fé com Deus. Não deixemos de trazer à nossa memória aquelas experiências que fortalecem a nossa esperança na graça bendita do nosso Pai, pois elas têm o poder de manter a nossa consciência sempre sensível à voz do Senhor que “ensina, repreende, corrige e nos instrui em toda a justiça”. Por mais dolorida que seja a crise que venhamos a enfrentar, e ainda que nos abandonem amigos e parentes, vamos agir com integridade e clamemos com esperança neste dia: “Não me desampares, Senhor; Deus meu, não te ausentes de mim. Apressa-te em socorrer-me, Senhor, salvação minha” (21,22). Amem!
 Pr Sidney Rosa

domingo, 27 de novembro de 2011

BONDADE RECOMPENSADA

O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se, cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mãoSl 37.23,24

O conteúdo do salmo em destaque trata de um assunto que sempre mexeu com o coração dos filhos de Deus, pois fala da prosperidade material dos incrédulos, em contraste com as adversidades e tribulações enfrentadas por aqueles que trilham o caminho da justiça, da obediência e da fé. Ainda que alguns cristãos, com muita freqüência, fiquem indignados com os malfeitores e outros fiquem tentados a invejar os que praticam a iniqüidade (1), temos no cântico algumas orientações que nos consolam e nos animam a viver pela fé, cultivando sempre um coração bom aos olhos de Deus.
A firmeza que vem da direção de Deus é a primeira promessa para aqueles que primam por um viver marcado pela bondade: “O Senhor firma os passos do homem bom” (23a). A caminhada da fé não é fácil e nem facilitada pelo Senhor, porém, quando nos dispomos a permanecer fiéis aos ensinamentos bíblicos, temos a segurança de que cada passo da nossa vida é determinado pelo nosso Pai Eterno. Quantos já perderam a firmeza na caminhada da fé porque tiraram os olhos de Jesus Cristo e repararam na aparente prosperidade dos ímpios?
O segundo incentivo para perseverarmos na prática da bondade é o prazer que nossa atitude causa em nosso Deus: “e no seu caminho se compraz” (23b). Além de nos proporcionar prazer, alegria e satisfação, o perseverar na carreira da fé, fazendo o bem, também enche o coração do nosso Pai de alegria. Ele se compraz ao ver seus filhos andando com firmeza na sua Palavra e confiando na sua providência, com a qual não permitirá que nenhum de seus descendentes venha a mendigar o pão nesta vida (25).
A boa mão do nosso Deus nos segurando com graça e amor é também um fortíssimo estímulo para que a bondade continue sendo uma marca em nosso viver cristão: “se, cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão” (24). A nossa carreira de fé nunca deixará de ter adversidades, desapontamentos e quedas, mas o crente bom e fiel é amparado pela mão de Deus, que o levanta e o coloca de volta no caminho da benção e da vitória. Louvado seja o nosso Senhor!
Queridos leitores, toda impiedade humana será inevitavelmente castigada pela justiça de Deus, da mesma forma que a bondade dos fiéis será devidamente recompensada nesta vida e na eternidade. Não nos iludamos com a suposta prosperidade dos malfeitores e iníquos, pois o Senhor tem prazer em firmar nossos passos em nossa jornada de fé e, ainda que caiamos, se clamarmos por Ele com o coração arrependido, sua mão restauradora nos será estendida.
Pr Sidney Rosa 

domingo, 20 de novembro de 2011

BENIGNIDADE DIVINA


Uma leitura ainda que rápida deste salmo, nos mostra que o assunto central da composição é a benignidade do Senhor. Este atributo diz respeito aos cuidados de Deus com o bem estar de todos aqueles a quem ama. Atribuído a Davi, a composição provavelmente aconteceu num momento em que seus adversários maquinavam o mal contra ele. Apesar das adversidades, o salmista nos ensina como Deus manifesta de maneira maravilhosa a sua benignidade para conosco.
A benignidade de Deus se manifesta através de sua providência para com toda a criação. Isso fica claro nas seguintes declarações do cântico: “A tua benignidade, Senhor, chega até aos céus, até as nuvens, a tua fidelidade (...) Tu, Senhor, preservas os homens e os animais” (5,6c). Não tem limites a benignidade divina, pois através dela o Criador continua preservando a existência da criação que ele fez surgir do nada e a dirige para os propósitos que designou para todas as criaturas.
O refúgio na presença de Deus é outra preciosa manifestação de sua benignidade. Observe o que nos revela o sétimo verso: “Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade! Por isso os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas”. Para fixar essa verdade em nossos corações, o salmista usa a conhecida figura dos filhotes de ave, que se escondem sob as asas de sua mãe. É na intimidade da oração que encontramos o socorro, auxílio, direção e fortalecimento para enfrentar os instantes tenebrosos e contraditórios da nossa existência.
Outra manifestação da benignidade do Senhor é a derrota de todos os nossos inimigos. Com esta certeza o salmista encerra o cântico: “Não me calque o pé da insolência, nem me repila a mão dos ímpios. Tombaram os obreiros da iniqüidade; estão destruídos e já não podem levantar-se” (11,12). Muitos eram os que maquinavam o mal contra Davi, mas sua confiança na contínua benignidade do Senhor o levava a ver, pela fé, a derrota de todos os seus inimigos.
Queridos leitores, façamos coro com o salmista e celebremos de todo o nosso coração a preciosíssima benignidade de Deus Pai para com todos nós. Porque, através dela, contemplamos a providência de Deus preservando e dirigindo toda a criação, recebemos o acolhimento seguro debaixo das “asas” do Pai e, também, temos a certeza de que, unidos com Jesus Cristo, somos mais que vencedores diante dos nossos inimigos. Aleluia! Louvado seja o Senhor!

Pr Sidney Rosa

sábado, 12 de novembro de 2011

JUSTIÇA DIVINA

E a minha língua celebrará a tua justiça e o teu louvor todo o diaSl 35.28

A leitura do salmo em destaque nos remete para um momento da vida do poeta bíblico no qual ele não encontrou alternativa, senão clamar e esperar pela justa intervenção de Deus em sua vida. A confiança do salmista na justiça dos Céus é tamanha que ele antecipadamente se compromete a celebrá-la louvando ao Senhor enquanto vivesse. O conteúdo do cântico nos orienta a também clamar pela justiça de Deus, ao passarmos por situações difíceis no decorrer da vida.
O clamor pela justiça de Deus se faz necessário quando somos perseguidos injustamente. É o caso do salmista, que declara, a respeito dos seus perseguidores: “Pois sem causa me tramaram laços, sem causa abriram cova para a minha vida” (7). Quantas vezes somos caluniados, difamados, acusados e até desrespeitados sem devermos coisa alguma! É nesses momentos que devemos suplicar ao Senhor que peleje por nós, de tal forma que, no momento certo, tudo seja esclarecido e a justiça seja feita.
A justa intervenção de Deus deve ser buscada quando somos vítimas de traição. O salmista está com a alma dilacerada porque aqueles que tiveram seu apoio em momentos difíceis se levantaram contra ele: “Quando, porém, tropecei, eles se alegraram e se reuniram; reuniram-se contra mim; os abjetos, que eu não conhecia, dilaceraram-me sem tréguas; com vis bufões em festins, rangiam contra mim os dentes” (14,15). Ainda que sejamos tentados a fazer justiça com as próprias mãos, o melhor a fazer é exercitar o perdão e entregar nas mãos de Deus, o justo Juiz.
A justiça divina deve intervir em nossos corações também para que não sejamos agentes da injustiça. O autor do cântico se abre para o julgamento de Deus, pois clama: “Julga-me, Senhor, Deus meu, segundo a tua justiça” (24a). O desejo do nosso coração não deve ser que a justiça divina seja aplicada apenas para aqueles que são nossos desafetos ou nos traíram, mas também em nós, para não sermos promotores da injustiça contra quem quer que seja, nos afastando, assim, da vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável.
Sabendo, meus queridos leitores, que todos nós estamos sujeitos a enfrentar situações na vida em que sofreremos injustiças, o que deve nos consolar é que, ainda que a justiça dos homens falhe, a justiça divina não falha jamais, pois nosso Pai Celeste nos ama com justiça e também aplica sua justiça com amor. Celebremos a justiça de Deus.

Pr Sidney Rosa





sábado, 5 de novembro de 2011

VIVER ABENÇOADO



Venham, meus jovens amigos, e escutem, que eu os ensinarei a temer a Deus, o Senhor. Vocês querem aproveitar a vida? Querem viver dias felizes?Sl 34.11,12

A composição do Salmo em destaque é atribuída a Davi e, provavelmente, foi composto quando ele se refugiava na caverna de Adulão com seu exército, após ter escapado de Abimeleque, rei dos filisteus. O conteúdo do cântico é de louvor e gratidão a Deus pelo livramento experimentado, mas o compositor aproveita a oportunidade para ensinar a todos que querem viver dias abençoados, lidando de forma correta com os riscos e oportunidades que a vida naturalmente nos impõe.
Se queremos aproveitar a vida e viver dias felizes, diz-nos o salmista: “Então procurem não dizer coisas más e não contem mentiras” (13). Nosso viver será abençoadíssimo se usarmos a nossa capacidade de comunicação com o devido cuidado que Deus requer. A maldade e a mentira proferidas pelos nossos lábios impedem o Senhor de derramar seus benefícios sobre as nossas vidas. Honremos a verdade e ela nunca nos decepcionará!
Além disso, o salmista nos orienta: “Afastem-se do mal e façam o bem” (14a), para que aproveitemos a vida e vivamos dias abençoados por Deus. O afastamento das práticas maldosas e a determinação em praticar o bem nos levam a semear hoje aquilo que colheremos amanhã. Por isso, foi recomendado aos cristãos da Galácia e a nós também que “não nos cansemos de fazer o bem, porque ao seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gl 6.9).
Um viver abençoado também dependerá da conquista da paz oferecida por Deus. Isso fica muito claro no ensino do salmista: “(...) procurem a paz e façam tudo para alcançá-la” (14b). Esta paz não está distante daquele que busca a Jesus Cristo de todo o coração, pois ele é o Príncipe da Paz, enviado dos céus para dar ao coração humano a verdadeira e eterna paz. Diz-nos o Senhor “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis aflições; mas tende bom ânimo eu venci o mundo” (Jo 16.33).
Amigos leitores, o ensino do salmista através das Escrituras Sagradas continua sendo a orientação dos céus para todos que querem aproveitar a vida e viver dias felizes, mesmo estando em um mundo perverso, corrompido e dominado pelo maligno. Tenha um viver abençoado por Deus usando sua língua para falar sempre a verdade, praticando incansavelmente o bem e conquistando a paz que, graciosamente, Jesus Cristo dá a todo que nele crê.

Pr Sidney Rosa

domingo, 30 de outubro de 2011

CONVITE AO LOUVOR



Exultai, ó justos, no Senhor! Aos retos fica bem louvá-lo. Celebrai o Senhor com harpa, louvai-o com cânticos no saltério de dez cordas. Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbiloSl 33.1-3

Não sabemos com certeza se este salmo foi composto por Davi, o rei poeta de Israel, mas os versículos iniciais não deixam dúvida de que se trata de uma composição feita para convidar os justificados pela graça de Deus, que primam por uma vida de retidão, a louvarem ao Senhor na congregação dos justos, salvos e remidos por Cristo. O salmo também nos revela que o povo de Deus tem muitas razões para alegrar-se quando se aproxima dEle para louvá-lo de todo o coração.
Fica bem louvar ao Senhor porque sua palavra é reta. É o que nos declara enfaticamente a primeira parte do quarto verso: “porque a palavra do Senhor é reta”. A retidão da palavra de Deus, revelada e registrada nas Escrituras Sagradas, é um fortíssimo motivo de louvor, pois nela encontramos orientações seguras, certas e infalíveis para recebermos a salvação eterna oferecida em Cristo e um viver abençoado e vitorioso neste mundo tão perverso e corrompido.
O proceder fiel do Senhor é outra razão de constante louvor. É o que também nos revela a segunda parte do quarto verso: “e todo o seu proceder é fiel”. Deus age em conformidade com a verdade, por isso podemos confiar e esperar nEle. Em um mundo tão marcado e destruído pela injustiça e infidelidade, nossa coração se alegra e enche de louvor porque Deus tem procedido com fidelidade, preservando e governando com amor e justiça toda a criação, conforme os seus propósitos eternos.
O convite ao louvor se torna mais irresistível quando consideramos a bondade divina. É o que cântico ressalta no quinto verso: “Ele ama a justiça e o direito; a terra está cheia da bondade do Senhor”. Não tem nenhuma criatura no planeta que não experimente a bondade que vem do Alto. Até mesmo aqueles que não crêem na existência de Deus ou são infiéis, não obedecendo aos seus mandamentos, recebem graciosamente os benefícios da bondade do Criador ao terem todas as necessidades supridas.
Queridos leitores, louvemos de todo o coração ao Senhor e nos aproximemos dEle com alegria, porque temos legítimas razões para adorá-lo em espírito e em verdade. Façamos coro com o salmista e louvemos também ao nosso Pai Eterno porque sua palavra é reta, seu agir amoroso em nossa vida é fiel e a sua bondade paternal é real em nosso viver e em todo o universo. Louvado seja o Senhor!

Pr Sidney Rosa
  

sábado, 22 de outubro de 2011

A BENÇÃO DO PERDÃO

Feliz aquele cujas maldades Deus perdoa e cujos pecados ele apaga. Feliz aquele que o Senhor Deus não acusa de fazer coisas más e que não age com falsidadeSl 32.1,2

O salmo em destaque talvez seja um dos mais conhecidos entre aqueles que Davi compôs, pois nele o rei coloca em forma de cântico a sua própria experiência depois de cometer pecados terríveis e ofender a santidade de Deus. O salmista narra de maneira maravilhosa como alcançou o perdão completo de Deus para os seus pecados e como resultado experimentou uma felicidade extrema e também a paz que excede o entendimento humano. Vejamos algumas condições para que experimentemos também a benção do perdão, oferecido graciosamente por Deus.
A primeira condição é a necessidade de reconhecer a realidade do pecado. O salmista, ao que tudo indica, relutou muito em sua teimosia e a sua consciência não lhe dava paz. Observe como sofreu, em seu próprio corpo, em virtude de não ter reconhecido as suas iniqüidades: “enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos os meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, o meu vigor se tornou em sequidão de estio” (3,4).   
A confissão sincera é outra condição indispensável para obter a benção do perdão divino. Muitas pessoas não têm dificuldade em reconhecer os seus próprios erros, mas encontram muita relutância em confessar suas transgressões a Deus com um coração contrito e arrependido. Nesse sentido, Davi nos dá um convincente testemunho: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado” (5).
Amados leitores, sem tais condições não há como o coração humano experimentar a benção do perdão que Deus oferece graciosamente a todas as pessoas. O desejo ardente do Pai Celestial, através de Jesus Cristo, é perdoar as nossas maldades e apagar todos os nossos pecados, porque nos ama e os nossos pecados nos separam dEle e de suas bênçãos. Não despreze o amor de Deus por você e busque o perdão para todos os seus pecados ainda e hoje.
Pr Sidney Rosa

domingo, 16 de outubro de 2011

BONDADE DIVINA



Como é grande a tua bondade, que reservaste aos que te temem, da qual usas, perante os filhos dos homens, para os que em ti se refugiamSl 31.19

O salmo em destaque é classificado como sendo um salmo de lamentação, ou seja, um salmo de clamor em busca da ajuda de Deus. O conteúdo claramente reflete um coração em extrema necessidade diante de uma situação de grande risco, na qual não encontra alternativa, senão suplicar a intervenção de Deus para alcançar a vitória. A certeza da resposta dos céus é tamanha que o salmista encerra seu cântico exaltando antecipadamente a grandeza da bondade de Deus para com ele.
Chama-nos a atenção, no verso em destaque, que a bondade divina está reservada para todos aqueles que cultivam um verdadeiro temor do Senhor. De forma alguma, temer é ter medo de Deus, como teve Adão após ter desobedecido a ordem divina ao comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. O temor requerido de nós diz respeito a um sentimento de respeito e reverência que nos leva a buscar sempre a vontade de Deus para a nossa vida, por isso no livro de Provérbios diz que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (1.7a). Como Deus tem prazer em derramar dos tesouros da sua bondade graciosa sobre todos aqueles que verdadeiramente guardam no coração um sincero temor.
Também nos ensina o versículo que Deus usa da sua riquíssima bondade para com todos aqueles que nEle se refugiam. A bondade de Deus é um farto tesouro de bênçãos para o cristão que faz da presença do Senhor um refúgio seguro. Impressiona-nos a descrição da situação em que o salmista se encontrava naquele momento de sua vida: “A tristeza acabou com as minhas forças; as lágrimas encurtam a minha vida. Estou fraco por causa das minhas aflições; até os meus ossos estão me gastando. Os meus inimigos zombam de mim, e os meus vizinhos também caçoam. Os meus conhecidos  têm medo de mim e fogem quando me vêem na rua (...) Ouço muitos inimigos cochichando; e gente me ameaçando de todos os lados” (11-13). Contudo, o salmista reagiu de maneira linda e exemplar: “Porém, a minha confiança está em ti, ó Senhor; tu és o meu Deus” (14). Que refúgio maravilhoso, abençoado e cheio de bondade!
Amados leitores, como é confortador saber que temos em Deus Pai toda bondade que precisamos para enfrentarmos dias tão difíceis e desafiadores. É através da bondade divina que somos supridos em todas as nossas necessidades, recebemos livramento dos inimigos, vitórias nas lutas e um refúgio seguro onde o Senhor sustenta, fortalece e reanima todo aquele que cultiva um verdadeiro temor no coração. Façamos coro com o salmista: “como é grande a tua bondade” para conosco. Louvado seja o Senhor!

Pr Sidney Rosa


sábado, 8 de outubro de 2011

ALVORECER DE ESPERANÇA

A sua ira (de Deus) dura só um momento, mas a sua bondade é para a vida toda. O choro pode durar uma noite inteira, mas de manhã vem a alegria.” Sl 30.5

Muitos estudiosos afirmam que este cântico foi composto por Davi e entoado pela primeira vez na inauguração da casa edificada pelo rei, em caráter provisório, quando a Arca da Aliança foi trazida por ele mesmo para Jerusalém. Do coração inspirado do salmista, aprendemos que podemos sempre confiar no “alvorecer” de esperança, ainda que as “noites” da nossa vida sejam longas e tristes.
Sempre teremos um alvorecer de esperança quando fazemos da adversidade que enfrentamos uma oportunidade de benção e vitória. É verdade! Davi compôs este cântico após passar por uma dura experiência de dor e sofrimento por causa de uma enfermidade física que contraiu. Depois de uma noite de muitas lágrimas, ele declara: “Ó Senhor, meu Deus, eu gritei pedindo ajuda, e tu me curaste, tu me salvaste da morte. Eu estava entre aqueles que iam para o ‘mundo dos mortos’, mas tu me fizeste viver novamente” (2,3).
Um amanhecer cheio de esperança é certo para aqueles que, com louvor e gratidão, reconhecem que a vitória sempre vem do Senhor. É o que nos ensina o servo de Deus nos dois últimos versos, após receber a vitória: “Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria, para que o meu espírito te cante louvores e não se cale. Senhor, Deus meu, graças te darei para sempre”. O nosso Deus e Pai tem enorme prazer em dar a vitória para seus filhos que têm imenso prazer em louvá-lo de todo coração.
Nunca teremos razões para duvidar da intervenção de Deus nas “manhãs” das nossas vidas se mantivermos nosso coração na dependência dEle. O salmista teve seu momento de auto-suficiência, conforme seu próprio testemunho: “Eu me senti seguro e pensei: ‘Nunca terei dificuldades’.” (6). Mas bastou que o Senhor permitisse que ele contraísse uma enfermidade física para logo reconhecer que em tudo na vida dele dependia dos graciosos favores do Pai Celestial.
Amados leitores, a carreira da fé em Jesus Cristo não nos imuniza dos problemas e dificuldades que a vida naturalmente nos impõe. Contudo, ainda que tenhamos que enfrentar dias tristes, pesados, sombrios e melancólicos, lembremos sempre da palavra do salmista sobre o “choro que pode durar uma noite inteira, mas de manhã vem a alegria”. Por isso mantenha sempre seu coração cheio de esperança e dependente de Deus.
Pr Sidney Rosa

sábado, 1 de outubro de 2011

CONVOCAÇÃO À ADORAÇÃO

Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidadeSl 29.2

O salmo em destaque é considerado, pelos estudiosos da Bíblia, como sendo um salmo litúrgico ou de adoração, usado nas festas religiosas de Israel, mais especificamente na Festa dos Tabernáculos e na do Pentecoste. Atribuído a Davi, o cântico claramente faz uma convocação para se prestar culto a Deus dando-lhe a devida glória. Num tempo em que se fala muito em adoração ou em “geração de adoradores”, é conveniente que atendamos à convocação do salmista levando em conta algumas considerações.
Como adoradores devemos considerar atentamente a santidade do Deus adorado. O segundo verso deixa bem claro que não se pode cultuar ao Senhor sem observar “a beleza da santidade” divina. Quando observamos a santidade do Pai somos naturalmente levados a considerar se o nosso coração está ou não santificado para o culto. Se não, deve-se buscar primeiro o perdão purificador oferecido gratuitamente através de Jesus Cristo.
Outra consideração importante é o poder extraordinário da palavra de Deus. A onipotência da voz de Deus é destacada no cântico, de maneira figurada, através dos fenômenos da natureza, dos versos três ao nove, mas o quarto versículo é fantástico: “A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade”. Não se pode adorar ao Senhor, como ele próprio deseja ser adorado, ser estar com o coração aberto para ouvir a Verdade que liberta, cura, santifica, instrui, perdoa, salva...
Finalmente não podemos deixar de considerar os benefícios de Deus sobre as nossas vidas.  No último verso o cântico destaca que “O Senhor dá força ao seu povo, o Senhor abençoa com paz ao seu povo”. É no culto que temos as melhores oportunidades para agradecer ao Senhor por todos os benefícios que Ele graciosamente dispensa sobre o seu povo. Como Deus tem sido maravilhoso nos fortalecendo diariamente para lutarmos as batalhas da vida e, em meio a elas, experimentarmos aquela paz que excede todo entendimento humano.
Queridos leitores, atendamos à santa e maravilhosa convocação que estamos recebendo das Escrituras neste dia que o Senhor nos fez. Temos, como criaturas, a necessidade de adorar ao nosso Criador. Em nossa adoração, consideremos a beleza da santidade divina, a onipotente voz do Senhor e, com louvor e gratidão, os benefícios diários que os céus derramam sobre as nossas vidas. Adoremos ao Senhor em espírito e em verdade! 
Pr Sidney Rosa

sábado, 24 de setembro de 2011

CORAÇÃO FELIZ

“Louvado seja Deus, o Senhor, pois ele ouviu o meu grito pedindo ajuda. O Senhor é minha força e o meu escudo; com todo o coração eu confio nele. O Senhor me ajuda; por isso, o meu coração está feliz, e eu canto hino em seu louvor”. Sl 28.7

Impressionante como o servo de Deus mantém seu espírito alegre ainda que esteja enfrentando as mais duras batalhas desta vida. Este é outro salmo de Davi, escrito provavelmente em dias aflitivos de lutas contra Saul ou Absalão. Entretanto, a despeito de todas as aflições, sempre encontrou respostas para seus “gritos” pedindo ajuda dos altos céus. Vejamos o que mantinha o coração do salmista feliz, apesar de viver dias de provação e intensas batalhas.
A felicidade é mantida no coração dos filhos de Deus quando buscam sempre o fortalecimento que vem do Senhor. Apesar de ser um guerreiro experiente nas batalhas, possuir um vigor físico invejável e ser um líder respeitado, Davi reconhecia que era sua união com o Senhor que o fortalecia nos momentos que se sentia fraco diante dos inimigos. Por isso o rei de Israel declara enfaticamente: “O Senhor é a minha força (...) com todo o coração confio nele”.
Outro fator que coopera para a manutenção da felicidade é a proteção divina sobre as nossas vidas. O salmista declara também que o Senhor, além de ser sua força, é “o seu escudo; com todo o coração confio nele”, ou seja, além do fortalecimento que vem do Senhor, ele não dispensava a proteção especial de Deus em sua vida. Como o Senhor tem prazer em colocar-se como nosso “escudo” quando confiamos nele de todo o coração!
 A felicidade em nós também é mantida quando adoramos ao Senhor em sincera devoção. À luz de tantos benefícios recebidos dos céus, o salmista não esconde o motivo do seu louvor: “O Senhor me ajuda, por isso, o meu coração está feliz, e eu canto hino em seu louvor”. Nosso coração é tomado de imensa felicidade quando nos colocamos na presença de Deus para louvá-lo com sinceridade. O verdadeiro louvor nos liberta daqueles sentimentos que tentam roubar a nossa felicidade em Cristo.
É sabido, meus amados irmãos e amigos, que o coração humano busca desesperadamente a felicidade em tantas coisas e tantos lugares. Mas este salmo nos afirma que a verdadeira e permanente felicidade vem do Criador. Ninguém mais do que Ele deseja a nossa felicidade. Em Cristo, temos o fortalecimento necessário para lutar e vencer nesta vida, podendo contar com a proteção especial dele diante dos inimigos de nossas vidas. Por isso, confiemos e louvemos ao Senhor com todo o nosso coração.

Pr Sidney Rosa

domingo, 11 de setembro de 2011

PRINCIPAL PEDIDO

A Deus, o Senhor, pedi uma coisa, e o que eu quero é só isto: que ele me deixe viver na sua casa todos os dias da minha vida, para sentir, maravilhado, a sua bondade e pedir a sua orientaçãoSl 27.4

Uma rápida leitura do salmo em destaque nos leva a perceber que o rei Davi está vivendo um momento muito difícil e complicado em sua vida porque seus inimigos, com certeza, não davam folga.  O momento é tão delicado que no cântico ele suplica: “guia-me por um caminho seguro, pois meus inimigos são muitos (...) dizem mentiras contra mim e me ameaçam com violência” (11a,12b). Mas, apesar de todas as ameaças, Davi não esconde que seu principal pedido é estar em íntima e contínua comunhão com Deus, pelos seguintes motivos...
Na comunhão com Deus nossa fé é fortalecida para vencermos as batalhas desta vida. Sobre isso, o salmista é enfático: “Ainda que um exército inteiro me cerque, não terei medo; ainda que os meus inimigos me ataquem, continuarei confiando no Senhor” (3). Nossa confiança se torna inabalável, porque é na intimidade diária com o Pai que nós somos fortalecidos nele e na força do seu poder e, assim, encorajados para lutar com a certeza de que, diante das dificuldades, somos mais que vencedores unidos com Cristo Jesus.
É também na intimidade diária com o Senhor que experimentamos a realidade de sua bondade. No quarto versículo, Davi é categórico em sua oração: “A Deus, o Senhor, pedi uma coisa, (...) me deixe viver na sua casa todos os dias da minha vida, para sentir, maravilhado, a sua bondade (...)”. Quando intensificamos nossa comunhão com Deus, percebemos com mais clareza como o Ele é bom para conosco suprindo diariamente todas as nossas necessidades. Louvado seja o Senhor pela sua infinita bondade!
Através de uma íntima e continua comunhão é que podemos pedir e receber orientação de Deus. Davi não apenas queria sentir a bondade do Pai Celestial, mas também queria “pedir a sua orientação” para enfrentar e vencer as lutas desta vida.  Não importa o tamanho da dificuldade ou do problema que estejamos enfrentando, temos orientações seguras, através da leitura e meditação da Bíblia e da oração movida por um coração cheio de fé, que nos garantirão a vitória em Jesus Cristo.
Queridos leitores, levemos nossas famílias a fazer o pedido dos pedidos a Deus. Não só a pedir, mas, também, a buscar de todo o coração aquela íntima e contínua comunhão que Deus deseja ter com cada um de nós. Essa comunhão com o nosso Pai é fundamental para fortalecermos nossa fé, experimentarmos sua infinita bondade e também para recebermos orientações que manterão os lares no centro de sua vontade. Que Deus abençoe a todos!

Pr Sidney Rosa

sábado, 3 de setembro de 2011

ORIENTADO PELA VERDADE



Examina-me e põe-me à prova, ó Senhor; julga os meus desejos e os meus pensamentos, pois o teu amor me guia e a tua verdade sempre me orientaSl 26.2,3

Não se sabe ao certo em qual circunstância Davi teria escrito o salmo em destaque, mas acreditam alguns que foi em dias turbulentos, quando seu filho Absalão se rebelou contra ele, fazendo terríveis e injustas acusações. O desejo do rapaz era assumir o lugar do pai como rei da nação. Se o contexto for esse, então, podemos aprender com o salmista a importância de orientarmos a nossa vida pela verdade revelada pelas Escrituras Sagradas, que nos garante alguns benefícios.
A direção de Deus nos conduz a uma vida pautada pela integridade pessoal, agradando ao Senhor. Por isso o salmista inicia o salmo suplicando: “Faze-me justiça, Senhor, pois tenho andado na minha integridade e confio no Senhor, sem vacilar” (1). Se ele não tivesse moldado seu caráter pelos princípios e valores dos céus, não poderia orar pedindo a manifestação da justiça divina em seu favor, pois o Senhor não inocenta o culpado. Ele é justo em todos os seus juízos.
Além disso, somos agraciados com a sabedoria do Alto, orientados a não dar ouvidos aos conselhos de pessoas que não temem ao Senhor. Isso fica bem claro no salmo: “Não me tenho assentado com homens falsos e como os dissimiladores não me associo. Aborreço a súcia de malfeitores e com os ímpios não me assento”. (4,5). Somente seguindo a verdade dos céus poderemos viver uma vida sábia e inteligente, nos mantendo afastados de toda a aparência do mal.
Também podemos afirmar que a direção da verdade nos liberta de toda mentira do diabo, que, aliás, é o pai da mentira. O Senhor Jesus Cristo deixou bem claro aos seus seguidores que somente o conhecimento da verdade pode libertar de toda e qualquer mentira do inferno. Muitos continuam escravos do pecado, da mentira, do engano e da fraude porque têm desprezado a verdade libertadora do evangelho de Deus. Não se iluda! A mentira tem um grande poder de corrosão, destruição e morte. Honre a verdade e ela nunca o decepcionará.
Queridos leitores, foi seguir a orientação da verdade que fez toda a diferença na vida de Davi e, afinal, apesar de todas as ameaças e acusações injustas, ele saiu vitorioso. Da mesma forma acontece com todo aquele que se deixa orientar pelas Escrituras, pois através dela cultivamos uma integridade a toda a prova, somos agraciados com a sabedoria de Deus e ainda temos a libertação de todas as mentiras de Satanás. Louvado seja o Senhor Jesus Cristo, porque ele “é o caminho, a verdade e a vida”.

Pr Sidney Rosa

domingo, 28 de agosto de 2011

VERDADEIRO ADORADOR



São assim as pessoas que adoram ao Senhor, que prestam culto ao Deus de JacóSl  24.6

Não se sabe com exatidão a ocasião em que foi composto e entoado pela primeira vez o salmo em destaque. Alguns acreditam que tenha sido quando a Arca da Aliança foi levada da casa de Obede-Edom para a cidade de Jerusalém em uma grande procissão, com muita música e cânticos, liderada por Davi (II Sm 6). Por isso, o salmo é classificado como salmo de adoração, pois trata do prazer que tem o fiel em estar com Deus e na sua casa para o culto comunitário. Sendo assim, o conteúdo do cântico nos ajuda a percebermos alguns traços do verdadeiro adorador procurado por Deus.
O verdadeiro adorador deve reconhecer a soberania de Deus sobre todo o universo, conforme nos afirma os dois primeiros versículos: “Ao Senhor Deus pertencem o mundo e tudo o que nele existe; a terra e todos os seres vivos que nela vivem são dele. O Senhor construiu a terra sobre os mares e pôs os seus alicerces nas profundezas do oceano”. Só quando reconhecemos a soberania divina sobre tudo e todos é que o nosso coração é tomado de um sincero temor que nos leva a uma devoção que agrada ao Pai Eterno.
Outro traço exigido do verdadeiro adorador para que seja aceito por Deus é uma vida verdadeiramente santa. Os versículos três e quatro não deixam dúvida sobre isso: “Quem tem o direito de subir o monte do Senhor? Quem pode ficar no seu santo Templo? Somente aquele que é correto no agir e limpo no pensar, que não adora ídolos, nem faz promessas falsas”. Não podemos descuidar do nosso viver santo, pois sem santificação ninguém verá a Deus, por isso nos santifiquemos cada vez mais para podermos escalar o “monte santo do Senhor” e adorá-lo em espírito em verdade.
O verdadeiro adorador também não deixa de expressar genuína exaltação ao Rei da Glória na celebração do culto. Isso fica evidente na parte final do cântico ao perguntar àqueles que subiam ao templo para adoração: “Quem é o Rei da glória? É Deus, o Senhor, forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha. (...) É Deus, o Senhor Todo-Poderoso; ele é o Rei da glória”. Essa convicção precisa dominar a nossa mente e brotar espontaneamente do nosso coração para que todos saibam que adoramos e exaltamos ao Deus Único, Vivo e Verdadeiro que nos atraiu em Cristo Jesus com laços de amor e benignidade.
Queridos leitores, que conteúdo maravilhoso tem este salmo! Nele vemos alguns traços que todo adorador de Deus precisa possuir, pois sem reconhecermos a soberania de Deus e a necessidade de cultivarmos uma vida de santidade não conseguiremos expressar genuína exaltação ao nosso querido Deus e Pai que tem nos abençoado “com toda sorte de benção espiritual nas regiões celestiais, por meio de Jesus Cristo”. Que sejamos encontrados pelo Pai como verdadeiros adoradores nesse dia lindo que ele nos fez!

Pr Sidney Rosa

domingo, 21 de agosto de 2011

PROVISÃO PLENA


“O Senhor é meu pastor e nada me faltará” Sl 23.1

O salmo em destaque é universalmente atribuído a Davi, o qual, quando jovem, foi pastor de ovelhas nas regiões adjacentes à Belém, na Judéia. Ele conhecia muito bem a vida pastoril e a maneira como um rebanho era tratado no Oriente. Por isso, todas as figuras por ele empregadas no cântico têm por base a sua própria experiência, que foi usada pelo Espírito Santo para inspirar o rei de Israel a escrever este belo hino que exalta a bondade divina em prover tudo que necessitamos para vivermos felizes.
Uma das provisões do Senhor é o repouso aos cansados e a condução às águas tranqüilas, e o segundo verso não deixa dúvida quanto a esta provisão: “O Senhor me faz descansar em pastos verdes e me leva as  águas tranqüilas”. Assim como as ovelhas, somos dominados pelo cansaço proveniente da nossa trajetória de vida e precisamos saciar a sede da nossa alma em Deus. Somente Jesus Cristo pode nos satisfazer plenamente, pois àqueles que atendem a seu convite, ele garante: “Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendem comigo porque sou bondoso e tenho um  coração humilde; e vocês encontraram descanso” (Mt 11.28).
Outra provisão maravilhosa diz respeito ao refrigério renovador e a direção no caminho da justiça, pois o terceiro versículo afirma: “O Senhor renova as minhas forças e me guia por caminhos certos, como ele mesmo prometeu”. Como ovelhas do Bom Pastor, temos a certeza de que não erraremos o alvo e, ainda que a caminho da nossa peregrinação seja estreito e difícil, e o caminho da justiça é assim, encontramos no Senhor força e fortaleza para trilhar nele até o fim. Jesus Cristo prometeu: “Felizes as pessoas que têm fome e sede da justiça, pois ele as deixará completamente satisfeitas” (Mt 5.6).
A proteção e a consolação nas situações de risco é outra provisão do nosso Supremo Pastor que enche os nossos corações de alegria e gratidão. A promessa está no quarto versículo: “Ainda que eu ande  por um vale escuro como a morte, não terei medo de nada. Pois tu, ó Senhor Deus, estás comigo; pois tua vara e teu cajado me consolam”. Por maior que seja o perigo, Ele pode nos libertar, e, se não o suportamos e morrermos ao enfrentá-lo, iremos para sua presença para todo o sempre. O Senhor Jesus fez questão de declarar aos seus seguidores antes de retornar ao Pai: “E lembrem disto: eu estou  com vocês,  até o fim dos tempos”. (Mt 28.20b)
Meus queridos leitores, não tenhamos medo de enfrentar os problemas, as lutas, os perigos, as dificuldades que a carreira da fé nos apresenta. Não somos como muitos que estão exaustos e aflitos, “como ovelhas que não têm pastor”, pois somos ovelhas que temos o Supremos Pastor Jesus Cristo, o qual não deixará faltar nada para vivermos uma vida de fé vitoriosa, e, no fim, cada um de nós fará aquela conhecida declaração do apóstolo Paulo: “Combati um bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (II Tm 4.7).

Pr Sidney Rosa

domingo, 14 de agosto de 2011

MESSIAS SOFREDOR



Desde o meu nascimento, fui entregue aos teus cuidados; desde que nasci, tu tens sido o meu Deus. Não te afaste de mim, pois o sofrimento está perto, e não há ninguém para me ajudarSl 22.10,11

Temos diante de nós um salmo classificado como messiânico. Os salmos assim considerados fazem referências ao Messias, seu reino, sua pessoa, seu sofrimento, à comunidade que brotaria dos seus ensinos e até mesmo ao seu triunfo final. O salmo destacado é atribuído a Davi, provavelmente, segundo alguns estudiosos, composto em um momento de sua vida de extremo sofrimento quando Saul estava para aprisioná-lo e exterminá-lo movido por ciúme e ódio. Contudo, ainda que levando em conta o sofrimento do rei de Israel, nos toca também como o salmo faz alusões às experiências de sofrimento de Jesus Cristo na cruz para nos salvar.
O sofrimento físico do salmista verificou-se também na experiência de Cristo no Calvário. Impressiona o que nos revela alguns versículos: “Já não tenho mais forças; sou como água derramada no chão. Todos os meus ossos estão fora do lugar; o meu coração é como cera derretida. A minha garganta está seca como o pó. E a minha língua gruda no céu da minha boca. Tu me deixaste como morto no chão. Um bando de marginais; eles avançam contra mim como cachorros e traspassaram as minhas mãos e os meus pés. Todos os meus ossos podem ser contados (...)” (14-16a). Quanto sofrimento físico Jesus Cristo sofreu para nos redimir da condenação eterna.
Não foi menor o sofrimento moral do Filho de Deus ao ser levantado na cruz. A experiência do salmista é reveladora e profética neste aspecto, pois nos diz o salmo que “os meus inimigos me olham e gostam do que vêem. Eles repartem ente si a minhas roupas e fazem sorteio da minha túnica. Eu não sou mais um ser humano; sou um verme. Todos zombam de mim e me desprezam. Todos os que me vêem caçoam de mim, mostrando a língua e balançando a cabeça dizem: você confiou em Deus, o Senhor; então por que ele não o salva? Se ele gosta de você por que não o ajuda?” (17b,18; 6-8). Que desprezo e zombaria sofreu o Filho de Deus para nos garantir a entrada no Reino dos Céus.
Mais doloroso ainda que o sofrimento físico e moral foi a sensação de abandono que Jesus experimentou por parte de Deus. Foi no primeiro versículo deste salmo que Jesus veio buscar sua quarta palavra pronunciada na cruz: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? Por que ficas tão longe? Por que não escutas quando grito pedindo socorro?”. Das sete frases que ele pronunciou na cruz, sem dúvida, esta foi a mais sofrida, dolorida e angustiante, pois nela manifestou o maior de todos os seus sofrimentos. Ele que dissera: “...e me deixareis sós; mas não estou só, porque o Pai está comigo” (Jo 16.32), mas na cruz ficou só e desamparado. Sofredor solitário sem o apoio de ninguém para expiar as culpas de toda humanidade em todos os tempos.
Meus queridos leitores, quanto sofrimento experimentou o Messias enviado dos céus para nos resgatar da condenação eterna. Podemos fazer nossa a expressão bíblica ao afirmar que “o amor de Cristo nos constrange”, pois ninguém poderia suportar tanto sofrimento físico, moral e a sensação de abandono de Deus como ele suportou. Tudo por amor a você e a mim e a toda a humanidade separada de Deus por causa do pecado. Você já foi constrangido pelo amor Deus demonstrado no sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo? Você já entregou sua vida a Cristo por meio da fé?

Pr Sidney Rosa

sábado, 6 de agosto de 2011

GRATIDÃO PELA VITÓRIA


Ó Senhor Deus, o rei está muito feliz porque lhe deste força; está muito contente porque o tornaste vitoriosoSl 21.1

Há uma opinião comum entre os estudiosos da Bíblia a respeito de uma relação entre o salmo 20 e o 21, visto que no primeiro lê-se uma oração clamando por uma vitória na batalha, e no segundo é apresentada uma oração de gratidão a Deus pela vitória já conquistada. Não há consenso sobre esta possível ligação entre os textos, mas, sem dúvida alguma, o conteúdo do salmo de hoje expressa um profundo sentimento de gratidão ao Deus Eterno pelas conquistas alcançadas. Assim sendo, o cântico se torna pedagógico, mostrando as providências do Senhor para que andemos em vitória, diante de todas as batalhas que a nós se apresentam.
A começar pela presença dEle em nossa vida. A presença divina com o rei é destacada no quinto versículo que diz: “As tuas bênçãos estão sobre ele para sempre, e a tua presença lhe dá alegria”. Uma coisa é enfrentar as batalhas desta vida sozinho; outra, bem diferente, é enfrentá-las na companhia do Senhor.  Como o nosso coração se enche de alegria quando, ao vencermos uma batalha – qualquer que seja a natureza dela, olhamos para trás e reconhecemos que só vencemos porque o Senhor esteve fielmente ao nosso lado. Louvado seja o Senhor!
Não podemos esquecer do fortalecimento que vem de Deus para suportarmos os ataques dos nossos inimigos. Esta também era outra razão da grata alegria do salmista: “Ó Senhor Deus, o rei está muito feliz porque lhe deste força (...)” (1a). Não são poucos os momentos da vida em que pensamos em desanimar ou abandonar tudo, pois as investidas do diabo são amedrontadoras. Mas sempre o Espírito Santo traz à nossa memória o que disse o profeta: “Não fiquem com medo, pois eu estou com vocês; não se apavorem, pois eu sou seu Deus. Eu lhe dou forças e os ajudo (...)” (Is 41.10). Nestes momentos, somos fortalecidos de uma maneira maravilhosa pelo Pai Eterno, que nos sustenta e nos ajuda a suportar a batalha até o fim.
Outro motivo de gratidão é a intervenção divina para frustrar os planos dos nossos inimigos. Nesse aspecto, o salmo é esclarecedor, pois afirma que “os inimigos planejam maldades e traições contra o rei, porém não terão sucesso(11). O insucesso dos inimigos dos filhos de Deus se deve ao fato de que “os anjos do Senhor estão acampados ao redor” deles e de que nada acontece sem a devida permissão do nosso Pai Celestial. Por isso, não podemos nos afastar da presença dEle. Longe do Senhor não temos a menor força contra “as astutas ciladas de Satanás”.
Meus queridos leitores, estes motivos devem encher os nossos corações de alegre gratidão ao Senhor. Com eles, Deus tem nos feito vitoriosos também na carreira da fé. Olhe para sua vida até hoje e perceba quantas lutas já foram travadas e vencidas. Sem falar na luta diária contra o “inimigo” que vem “para matar, roubar e destruir” a nossa vida e comunhão com o Senhor. Neste dia, façamos coro com o salmista, dizendo: “Ó Senhor Deus, nós te louvaremos por causa do teu poder; nós cantaremos e louvaremos a tua força

Pr Sidney Rosa


sábado, 2 de julho de 2011

ORAÇÃO PELA VITÓRIA

Ó Senhor Deus, dá a vitória ao rei! Responde-nos quando pedimos a tua ajudaSl 20.9
Este é um salmo de guerra, como dizem alguns, atribuído a Davi. O rei de Israel ficou conhecido como um grande guerreiro e conquistador, além de poeta, cantor e instrumentista habilidoso. Como guerreiro e comandante do exército de Israel, ele enfrentou várias situações de risco, em inúmeras batalhas, sempre defendendo os interesses do povo de Deus. Em todas elas, aprendeu que a vitória só poderia ser alcançada com a benção do Senhor dos Exércitos. Por esta razão, o guerreiro de Israel não saia para uma batalha sem antes pedir ao Senhor a vitória sobre os inimigos. Com a oração do salmista aprendemos algumas lições que nos equipam para vencermos as batalhas desta vida.
Em nossas lutas diárias podemos e devemos suplicar o auxílio especial do Senhor dos Exércitos. Na primeira parte do salmo, o autor é muito claro e objetivo em apelar aos Céus “que, do seu Templo, Deus lhe envie socorro, e que do monte de Sião, ele o ajude” (2). Em muitas situações não podemos abrir mão do socorro do Alto no enfrentamento dos difíceis problemas que surgem diante de nós. É tolice pensar que podemos prescindir do auxílio do Senhor, que somos auto-suficientes e que não dependemos do Senhor para lutarmos as nossas guerras pessoais.
Nestes embates diários, também não podemos ir para a luta sem um plano de ação, sem uma estratégia definida para cada situação. Diante de cada desafio ou problema que iremos enfrentar é necessário que estejamos preparados, planejando como vamos agir em cada situação. O salmista nunca saia para uma batalha sem um plano de ação, e também não saia sem antes pedir a benção de Deus para todo o planejamento feito. Sobre isso, o quarto versículo é revelador: “que Deus satisfaça os seus desejos, ó rei, e permita que todos os seus planos dêem certo!”. Muitos são derrotados nas lutas porque não sabem agir com a sabedoria que cada situação exige. Não planejaram com a benção do Senhor!
Ainda que tenhamos sabedoria para planejar e tenhamos às mãos diversos recursos, nossa confiança deve ser colocada totalmente no Senhor para alcançar as vitórias que tanto almejamos. Nesse aspecto o salmista é categórico: “Alguns confiam nos seus carros de guerra, e outros, nos seus cavalos, mas nós confiamos no poder do Senhor nosso Deus” (7). Foi dessa forma que Davi, quando era um simples pastor de ovelhas e tinha nas mãos apenas uma funda, enfrentou o gigante Golias, quando este desafiava, ameaçava e humilhava o exército de Israel. Com o coração cheio de fé, o jovem pastor declara ao gigante: “Tu vens a mim com espada, com lança e com escudo; mas eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos” (I Sm 17.45). A vitória veio de maneira maravilhosa!
Meus queridos leitores, vamos aprender a lutar com este grande guerreiro de Deus, que soube lutar e vencer as lutas e batalhas desta vida. Eu não sei quantas e quais são as suas lutas que estão diante de você, mas nós podemos buscar a vitória no Senhor Jesus Cristo. Esta vitória está ao alcance dos filhos de Deus se, com sinceridade de alma, buscarem o auxilio do Alto, planejando suas ações sabiamente e, acima de tudo, colocando toda a confiança no Senhor e não nos recursos que possuem. Que Deus nos abençoe! 
Pr Sidney Rosa

sábado, 25 de junho de 2011

REVELAÇÃO DIVINA

O céu anuncia a glória de Deus e nos mostra aquilo que as suas mão fizeram Sl 19.1

Este salmo é outro atribuído a Davi. Nele, percebe-se que o autor está profundamente tocado com o desejo divino de ser conhecido pelos seres humanos. Considerando que somos finitos e Deus é infinito, não poderíamos de forma alguma conhecê-lo, a menos que Ele se revele para nós, ou seja, a menos que Ele se manifeste de tal forma que possamos conhecê-lo e ter comunhão com Ele. Através de seu empenho em conhecer ao Senhor e desenvolver uma profunda comunhão com Ele, Davi encontrou três fontes da revelação divina e estas também podem nos transmitir conhecimento do nosso Pai Celeste e proporcionar um relacionamento verdadeiro com Deus.
A primeira fonte da revelação é a natureza criada pelo poder da palavra de Deus. O salmista aponta para o céu e declara que o universo criado anuncia a glória do seu Criador. Apesar de não ouvirmos nenhuma palavra, nenhum discurso, declara o salmista que “no entanto, a voz do céu se espalha pelo mundo inteiro, e as suas palavras alcançam toda a terra” (4). Esta é uma revelação geral e através dela Deus comunica a respeito de si mesmo a todas as pessoas, em todos os tempos e de todos os lugares. Qualquer pessoa pode conhecer um pouco do eterno poder e da infinita bondade de Deus contemplando a natureza criada por Ele.
Além da criação, podemos conhecer e ter comunhão com o Criador através da sua palavra registrada e preservada na Bíblia Sagrada. No salmo em destaque, dos versículos 7 a 9, Davi dá seis títulos sugestivos à palavra de Deus: lei, testemunhos, preceitos, mandamentos, temor do Senhor, juízos. Destaca também que os ensinos das Escrituras Sagradas possuem atributos incomparáveis: perfeito, fiel, retos, puro, límpidos e verdadeiros. Por isso, produz resultados maravilhosos na vida do crente, tais como: restaura a alma, dá sabedoria aos símplices, alegram o coração, ilumina os olhos e permanece para sempre. Como é preciosa e importante a leitura, a meditação e a obediência à Bíblia para que tenhamos um verdadeiro conhecimento de Deus.
Finalmente destacamos a revelação de Deus na consciência do ser humano. Nos versos 12 e 13, é como se Deus falasse à nossa consciência, pois não é o bastante ler a Bíblia e ficar admirado com seus conceitos, histórias e ensinos; faz-se necessário vê-los e senti-los atuando no íntimo de cada um de nós. Eles nos libertam dos pecados que nós cometemos sem perceber e também daqueles que cometemos de maneira consciente e deliberada. Façamos coro com o salmista, que diz: “Quem pode ver os seus próprios erros? Purifica-me, Senhor, das faltas que cometo sem perceber. Livra-me também dos pecados que cometo por vontade própria; não permitas  que eles me dominem (...)” (12,13a).
Como vimos, meus queridos leitores, Deus deseja ser conhecido, amado, adorado e obedecido por cada um de nós. Para tanto, o nosso Pai Celeste revela-se de maneira graciosa através da bela natureza criada pelo poder da sua palavra, através da sua palavra registrada nas Escrituras Sagradas e também fala de uma maneira especial à nossa consciência que “às vezes nos acusa e às vezes nos defende(Rm 12.15b). Tudo isso com um propósito de nos trazer de volta para um relacionamento pessoal e redentor com Ele. Ao Deus que se revela a todos nós seja o louvor, a honra e a glória para todo o sempre. Amém!

Pr Sidney Rosa