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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

FÉ INABALÁVEL


Eu me deito, e durmo tranqüilo, e depois acordo porque o Senhor me protege. Não tenho medo dos milhares de inimigos que me ameaçam de todos os lados” Sl 3.5,6

O terceiro salmo do saltério está entre os vários considerados salmos de segurança, pois mostram a proteção que Deus dispensa aos que são seus, o seu cuidado na provação do fiel e como este nunca está desamparado. Foi esta a experiência do rei Davi com o Pai Celeste quando o escreveu. O momento era delicado e complicadíssimo, pois, além dos inimigos naturais, Davi estava enfrentando a rebeldia do próprio filho Absalão, que se amotinou com diversos grupos contra o pai, obrigando o rei a fugir de Jerusalém a fim de escapar do perigo iminente. Apesar de tudo, Davi não entrou em desespero, perdendo noites de sono e também não deixou seu coração ser dominado pelo medo. Qual era o segredo daquele servo de Deus? O que mantinha sua fé inabalável?
Os dois primeiros versículos nos revelam que o salmista não se deixava levar pela incredulidade dos outros. Davi sabia que sua situação era complicadíssima e que seus inimigos davam como certa a sua derrota, pois conversavam a respeito do rei dizendo: “Deus não o ajudará!”. Entretanto, nunca deixou que tal perspectiva entrasse em seu coração e afetasse a sua fé nas promessas do Pai.  Afirmava: “Mas tu, ó Senhor, me proteges como um escudo. Tu me dás a vitória e renovas a minha coragem”. Ele tinha convicção de que Deus é fidelíssimo no cumprimento de suas promessas.
Além do cuidado de não se deixar levar pela incredulidade dos outros, o salmista não abria mão da oração, do clamor, da súplica ao nosso Deus. No quarto versículo, uma declaração é feita: “Eu chamo o Senhor para me ajudar, e lá do seu monte santo ele me responde”. Essa era a maneira pela qual Davi removia o medo do coração e mantinha sua fé firme no Senhor. Os inimigos eram muitos, as ameaças viam de todos os lados, mas ele sempre buscava refúgio na comunhão com o Pai através da oração. No exercício dela, o rei sempre encontrava fortalecimento, direção e sabedoria para agir em todas as situações da vida.
Ainda outro fator que também contribuía sobremaneira para que Davi mantivesse sua fé inabalável, era sua capacidade de sempre louvar ao Senhor pelas vitórias sobre os inimigos que queriam destruí-lo. Talvez até seja uma manifestação de gratidão antecipada, tal era a certeza da vitória. Mas uma coisa é certa, ele reconhecia que era o Senhor que pelejava por ele. O término do salmo é maravilhoso e confirma tal atitude do rei: “Vem, ó Senhor! Salva-me,  meu Deus! Tu atacas os meus inimigos; tu humilhas os maus e acabas com teu poder. És tu que dás a vitória”. Sem dúvida nenhuma, era essa convicção que garantia ao salmista uma fé inabalável em meio a tantas ameaças que pairavam sobre a sua vida.
Meu querido irmão ou irmã pode ser que você esteja enfrentando dificuldades, lutas, problemas, enfermidades, escassez de recursos, traição, rebeldia, incompreensão, ameaças... E, além do mais, o medo insiste em permanecer em seu coração de tal forma que noites de sono são perdidas. Contudo, não perca as esperanças e mantenha sua fé inabalável no Senhor, pois Ele mesmo afirmou em Jo 16.33 Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês terão aflições, mas tenham coragem. Eu venci o mundo”. Por isso, não se deixe levar pela incredulidade do outros, faça da oração um refúgio secreto para sua alma e louve ao Senhor reconhecendo sempre que é Ele quem nós dá a vitória. Mantenha sua fé firme no Senhor Jesus Cristo!
Pr Sidney Rosa

"NOVA CRIATURA"


E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fizeram novas” II Co 5.17

A maior e mais importante de todas as dádivas de Deus ao ser humano, além da vida natural, é o renascimento espiritual ou regeneração ou ainda novo nascimento, conforme nos revela o texto bíblico em destaque acima. No versículo, o apóstolo nos diz que quando alguém se une, pela fé, com o coração arrependido a Jesus Cristo, experimenta uma transformação interior tão profunda e intensa que muda radicalmente sua vida. Tal transformação produz mudanças maravilhosas.
A primeira mudança diz respeito a uma nova sensibilidade às coisas espirituais, pois o pecado ou a desobediência aos mandamentos bíblicos separou o espírito humano do Espírito de Deus, ocasionando morte espiritual. Nesta condição, “morto em delitos e pecados”, o coração humano não reage aos estímulos espirituais que vêm do Criador, ou seja, não tem prazer na adoração, no louvor, na comunhão fraternal e nem na leitura bíblica, na oração e, muito menos, no serviço cristão. Mas, ao ser transformado pela graça salvadora de Jesus Cristo tudo muda, e muda radicalmente, pois um “coração de pedra”, ou seja, insensível é substituído por um “coração de carne”, plenamente sensível e capaz de perceber verdades espirituais.
Além desta nova sensibilidade, há uma nova direção na vida daquele que nasceu de novo em Cristo Jesus. Antes do milagre do novo nascimento, a pessoa trilha por caminhos que aos seres humanos parecem bons, mas ao final são caminhos de morte, ou seja, caminhos que levam à destruição e perdição eterna. Mas tudo muda quando se crê, sinceramente, no Filho de Deus que “veio buscar e salvar o perdido”. Se antes seguia em direção à morte eterna, depois da regeneração, a pessoa se coloca sob nova direção, ou seja, a direção do Espírito Santo que conduz à vida eterna.
Ainda há outra mudança produzida pelo novo nascimento: uma capacidade crescente de obediência a Deus. Se antes a vida da pessoa era marcada pela incredulidade, rebeldia, idolatria, indiferença, ciúme, inveja, ira, bebedices, glutonaria, infidelidade e outras coisas semelhantes a estas, que caracterizam um viver de clara desobediência a palavra de Deus, depois do milagre regenerador do Evangelho de Cristo, a vida da pessoa adquire uma disposição e capacidade crescente de, em tudo, obedecer a Deus. É natural o esforço em agradar cada vez mais ao Criador com um viver que guarde os preceitos e valores da Bíblia sagrada. Enfim, um viver feliz, abençoado e vitorioso que só uma vida de obediência ao Pai celeste pode proporcionar.
À luz dessas mudanças maravilhosas, não foi sem propósito que alguém afirmou em determinada ocasião: “Deus deve fazer primeiramente algo por nós e em nós, antes que venha a fazer alguma coisa por nosso intermédio”. Por isso, o propósito de Deus é fazer de cada um, quem quer que seja, uma “nova criatura” em Cristo. Uma nova pessoa, para a qual o passado marcado pelo pecado é esquecido através do perdão divino e todas as coisas se tornam novas, pois só o milagre do novo nascimento pode produzir uma nova sensibilidade, uma nova direção e uma capacidade crescente de obediência a Deus. Você já é uma nova criatura em Cristo?


Pr Sidney Rosa

TRIUNFO CERTO DE JESUS CRISTO


“... Tu és o meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por sua possessão”. Sl 2.7b,8

O segundo cântico do saltério exalta o triunfo inevitável e final de Jesus Cristo, por isso ele está no grupo daqueles salmos que são considerados messiânicos e proféticos. Messiânicos porque fazem referência ao Messias de Deus, seu Reino, sua pessoa, seu sofrimento, à Igreja que brotaria dos seus ensinos e até mesmo ao seu triunfo final. No salmo em destaque, o foco está no reinado de Cristo sobre todas as nações e seu triunfo final. Por isso, profético! Considerando que o plano de Deus com relação ao governo soberano de Jesus Cristo não pode ser frustrado, qual deve ser a atitude dos nossos corações diante daquele que tem toda autoridade “tanto no céu como na terra”.
Devemos, de maneira consciente e deliberada, evitar toda e qualquer atitude que expresse rebeldia contra Jesus Cristo, como podemos ver nos três primeiros versículos do salmo considerado. Nos quais somos advertidos que é inútil “enfurecer”, “conspirar”, ou seja, se opor contra Deus e seu Filho. O terceiro versículo expressa a atitude de muitos em relação ao governo de Jesus Cristo sobre suas vidas: “Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas”. “Romper os laços” é rejeitar totalmente a autoridade do Messias, Filho de Deus. Tal atitude só traz fracasso, derrota e infelicidade na vida dos rebeldes, porque a resposta da justiça divina será de “zombaria”, “ira” e “furor” contra aqueles que se opõem, de maneira deliberada, ao governo sobrano de Jesus Cristo.
Ao invés de rebeldia contra o Messias, o salmista recomenda outra atitude bem diferente: “sejam prudentes; aceitem a advertência”, porque todos haveremos de comparecer perante o tribunal dEle. Somos advertidos pelo autor bíblico a agirmos sábia e prudentemente de três maneiras. Primeiro, devemos “servir ao Senhor com temor e alegrar-nos nele com tremor” (11), ou seja, prestemos espontânea submissão servindo-O com alegria, fervor e entusiasmo; adorando-O em espírito e em verdade. A segunda recomendação bíblica nos diz: “Beijem o Filho para que se não irrite e não pereçam pelo caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira” (12a), dito em outras palavras, devemos agir de tal forma que demonstremos respeito e reverência ao Rei dos reis e Senhor dos senhores, pois diante dEle “todo joelho se dobrará e toda língua confessará” seu senhorio quer queiram ou não os seres humanos. A terceira maneira de agir é fazer do Messias o nosso único refúgio, pois nos diz o texto bíblico: “Bem-aventurados todos os que nele se refugiam” (12b), ou seja, felizes, prósperos e abençoados todos aqueles que buscam ao Senhor Jesus Cristo de todo o coração colocando nele toda confiança. Como você tem agido diante do Messias de Deus?
Meus queridos irmãos, se o triunfo de Cristo como Soberano e Senhor de todo universo é certo, pois recebeu do Pai Celestial todas “as nações por herança e todas as extremidade da terra por possessão”, aceitemos, com alegria e gratidão, a recomendação do salmista. Vamos viver sábia e prudentemente diante dele, prestando-lhe espontânea submissão para servi-lo com alegria, movido por um coração cheio de respeito e reverência, fazendo do Senhor Jesus nosso único “refúgio”, em todas as situações da vida, para que sejamos bem-aventurados. Somente a Ele seja toda honra e glória, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!

Pr Sidney Rosa

FAMÍLIA: IDÉIA DE DEUS


“Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais (...) Eu e minha casa serviremos ao Senhor” Js 24.15

E que idéia maravilhosa do nosso querido Pai e Criador! Foi com essa consciência que Josué, após desafiar o povo de Deus, declarou qual foi sua escolha juntamente com sua família: “serviremos ao Senhor”. Tal escolha tem sido o desejo sincero de todos aqueles que já tiveram um encontro redentor e transformador com Jesus Cristo. Nenhum pai, mãe ou filho(a) sentirá plena paz enquanto não ver sua família dedicando-se ao Senhor, pois entende que é nesse serviço que a família encontra sua plena felicidade e realização. Alguns fatores podem contribuir na realização deste desejo.
Um dos fatores é o bom exemplo daqueles que já foram transformados pelo evangelho da graça de Deus. Há um ditado que diz: “O melhor ensino é o exemplo”. Se queremos que a nossa família seja uma fiel servidora do Senhor, não podemos esquecer que o nosso procedimento diário, diante das situações da vida, poderá influenciar de maneira positiva ou negativa naqueles com os quais convivemos. A nossa alegria, fervor, entusiasmo e compromisso em servir ao Senhor serão instrumentos poderosos para serem usados pelo Espírito Santo na vida dos nossos familiares.
Outro fator é a importância da intercessão diante de Deus pelos nossos familiares. A oração sincera e fervorosa enche o coração do crente de esperança e certeza de que Deus agirá de maneira poderosa e sobrenatural quando for necessário. Filhos devem orar pelos pais; pais devem orar pelos filhos; irmãos devem orar pelos irmãos. Tal prática deve ser incessante, mesmo que Deus pareça demorar para agir. Oswaldo Smith, autor do livro Paixão Pelas Almas, declarou: “Quando trabalhamos, trabalhamos; quando oramos, Deus trabalha”. Intercedendo sempre, estaremos cooperando com Deus para que trabalhe com amor e graça no coração de cada familiar.
Ainda outro fator que contribui é o exercício do amor cristão, principalmente com aqueles que moram debaixo do mesmo teto. O exercício ou a prática do amor tornará a convivência diária da família cada vez mais saudável. Os conflitos, que naturalmente surgem nos relacionamentos familiares, serão enfrentados e vencidos com renúncia, humildade, paciência, perdão, afetividade e diálogo. Se os nossos corações forem regados com o amor que Deus derrama no coração dos seus filhos através do Espírito Santo, que nos foi dado em nossa conversão a Cristo, contribuiremos para que nossa família sirva ao Senhor. Adverte-nos as Escrituras que “acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (I Pe 4.8).
Comecemos o mês de Maio, conhecido como mês das mães, do lar, da família e das noivas dando uma atenção toda especial para essa idéia maravilhosa de Deus chamada família. Deus não desistiu dessa idéia, pois tem trabalhado incansavelmente para abençoar os nossos lares. O desejo de Josué em ver sua família servindo ao Senhor não se cumpriu da noite para o dia. Com certeza, exigiu dele disposição para ser exemplo para os seus no serviço do Senhor. Também não foram poucas as horas de intercessão na presença de Deus e o exercício sincero do amor. Esses fatores também nos ajudarão a ver nossa família servindo ao Senhor com alegria.
Pr Sidney Rosa

FELICIDADE GARANTIDA


Como é feliz aquele que não segue o caminho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadoresSl 1.1

Uma das preocupações do nosso Deus e Criador é com a felicidade humana. Fomos criados para sermos plenamente felizes, através do amor, da comunhão, da adoração e do serviço ao Deus Eterno. Com a entrada do pecado no coração humano, a felicidade ficou totalmente comprometida. O hinário ou livro de cânticos dos Hebreus tem no primeiro salmo uma orientação dos céus que nos garante o retorno à verdadeira felicidade. Levando em conta que um dos anseios do coração humano é encontrar novamente a verdadeira felicidade e com ela permanecer, consideremos a orientação dAquele que é o Deus de toda felicidade.
Temos felicidade garantida quando evitamos a influência nociva daquelas pessoas que andam na contramão da vontade de Deus. Pessoas que no versículo destacado acima são chamadas de ímpios, pecadores e zombadores. Elas não têm o menor temor de Deus e assumem um estilo de vida que passam uma falsa idéia de felicidade. Por isso, não podemos de forma alguma seguir o caminho deles, nem imitá-los e muito menos manter comunhão com eles naqueles momentos em que fazem da igreja, do evangelho, dos louvores, da fé cristã e no nome santo de Deus motivo de zombaria e piadas. Nunca seremos verdadeiramente felizes se não evitarmos a influência nociva de tais pessoas.
Além de fugirmos de tal influência, teremos assegurada a nossa felicidade se fazermos da Bíblia Sagrada nossa fonte de prazer. Razão pela qual o primeiro salmo nos orienta que o nosso prazer não deve estar no caminho, na conduta e na roda dos zombadores, mas em toda palavra que sai da boca de Deus registrada nas Escrituras. É nelas que o nosso retorno à verdadeira felicidade começa. Não se trata de moldarmos a nossa vida segundo os padrões e concepções sugeridos por esse mundo perverso e corrompido e nem com idéias próprias, mas é viver segundo a palavra de Deus. Em vez de se sentir atraído pelo estilo de vida daquelas pessoas que andam na contramão da vontade de Deus, o crente deve sentir alegria na meditação diuturna e obediente ao evangelho de Cristo.
Assim agindo, o primeiro salmo do saltério nos garante que o resultado será uma vida estável e cheia das ricas e incomparáveis bênçãos de Deus. Seremos “como árvore plantada à beira de águas correntes: dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo quanto faz prospera!” (Sl 1.3) Nada acontece fora do tempo e sem propósito definido na vida do crente em Cristo. É o que se percebe claramente na figura da árvore usada pelo salmista, pois, sem a direção segura da Bíblia Sagrada em todas as áreas da nossa vida, nunca teremos segurança, estabilidade, equilíbrio e prosperidade. Esses “pilares” são indispensáveis para aquele que deseja ser verdadeiramente feliz.
Meus queridos e amados irmãos, não podemos abrir mão da única e verdadeira felicidade que tem o selo de garantia e qualidade dos Céus. Uma felicidade que não tem fim e não depende das circunstâncias temporais. Porque não se trata de mero sucesso ou prosperidade material, mas de uma vida cuja felicidade advém da comunhão com Deus. Por isso, rejeitemos toda influência nociva daqueles que andam na contra mão da vontade de Deus e coloquemos nosso prazer na leitura, meditação e obediência à palavra de Deus, pois Ele é o único que pode garantir nossa eterna e verdadeira felicidade.
Pr Sidney Rosa

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

GRAÇA PRECIOSA X GRAÇA BARATA

A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, é o batismo sem a disciplina comunitária, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem a cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo, encarnado.

A graça preciosa é o tesouro oculto no campo, por amor do qual o ser humano sai e vende com alegria tudo quanto tem; a pérola preciosa, para cuja aquisição o comerciante se desfaz de todos os seus bens; o senhorio régio de Cristo, por amor do qual o ser humano arranca o olho que o faz tropeçar; o chamado de Jesus Cristo, pelo qual o discípulo larga suas redes e o segue.
A graça preciosa é o Evangelho que se deve procurar sempre de novo, o dom pelo qual se tem que orar, a porta à qual se tem que bater.

Essa graça é preciosa porque chama ao discipulado, e é graça por chamar ao discipulado de Jesus Cristo; é preciosa por custar a vida ao ser humano, e é graça por, assim, lhe dar a vida; é preciosa por condenar o pecado, e é graça por justificar o pecador. Essa graça é sobretudo preciosa por ter sido preciosa para Deus, por ter custado a Deus a vida de seu Filho - "vocês foram comprados por preço" - e porque não pode ser barato para nós aquilo que custou caro para Deus. A graça é preciosa sobretudo porque Deus não achou que seu Filho fosse preço demasiado caro para pagar pela nossa vida, antes o deu por nós. A graça preciosa é a encarnação de Deus.

Dietrich Bonhoeffer - Fragmento da Obra Discipulado