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domingo, 27 de novembro de 2011

BONDADE RECOMPENSADA

O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se, cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mãoSl 37.23,24

O conteúdo do salmo em destaque trata de um assunto que sempre mexeu com o coração dos filhos de Deus, pois fala da prosperidade material dos incrédulos, em contraste com as adversidades e tribulações enfrentadas por aqueles que trilham o caminho da justiça, da obediência e da fé. Ainda que alguns cristãos, com muita freqüência, fiquem indignados com os malfeitores e outros fiquem tentados a invejar os que praticam a iniqüidade (1), temos no cântico algumas orientações que nos consolam e nos animam a viver pela fé, cultivando sempre um coração bom aos olhos de Deus.
A firmeza que vem da direção de Deus é a primeira promessa para aqueles que primam por um viver marcado pela bondade: “O Senhor firma os passos do homem bom” (23a). A caminhada da fé não é fácil e nem facilitada pelo Senhor, porém, quando nos dispomos a permanecer fiéis aos ensinamentos bíblicos, temos a segurança de que cada passo da nossa vida é determinado pelo nosso Pai Eterno. Quantos já perderam a firmeza na caminhada da fé porque tiraram os olhos de Jesus Cristo e repararam na aparente prosperidade dos ímpios?
O segundo incentivo para perseverarmos na prática da bondade é o prazer que nossa atitude causa em nosso Deus: “e no seu caminho se compraz” (23b). Além de nos proporcionar prazer, alegria e satisfação, o perseverar na carreira da fé, fazendo o bem, também enche o coração do nosso Pai de alegria. Ele se compraz ao ver seus filhos andando com firmeza na sua Palavra e confiando na sua providência, com a qual não permitirá que nenhum de seus descendentes venha a mendigar o pão nesta vida (25).
A boa mão do nosso Deus nos segurando com graça e amor é também um fortíssimo estímulo para que a bondade continue sendo uma marca em nosso viver cristão: “se, cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão” (24). A nossa carreira de fé nunca deixará de ter adversidades, desapontamentos e quedas, mas o crente bom e fiel é amparado pela mão de Deus, que o levanta e o coloca de volta no caminho da benção e da vitória. Louvado seja o nosso Senhor!
Queridos leitores, toda impiedade humana será inevitavelmente castigada pela justiça de Deus, da mesma forma que a bondade dos fiéis será devidamente recompensada nesta vida e na eternidade. Não nos iludamos com a suposta prosperidade dos malfeitores e iníquos, pois o Senhor tem prazer em firmar nossos passos em nossa jornada de fé e, ainda que caiamos, se clamarmos por Ele com o coração arrependido, sua mão restauradora nos será estendida.
Pr Sidney Rosa 

domingo, 20 de novembro de 2011

BENIGNIDADE DIVINA


Uma leitura ainda que rápida deste salmo, nos mostra que o assunto central da composição é a benignidade do Senhor. Este atributo diz respeito aos cuidados de Deus com o bem estar de todos aqueles a quem ama. Atribuído a Davi, a composição provavelmente aconteceu num momento em que seus adversários maquinavam o mal contra ele. Apesar das adversidades, o salmista nos ensina como Deus manifesta de maneira maravilhosa a sua benignidade para conosco.
A benignidade de Deus se manifesta através de sua providência para com toda a criação. Isso fica claro nas seguintes declarações do cântico: “A tua benignidade, Senhor, chega até aos céus, até as nuvens, a tua fidelidade (...) Tu, Senhor, preservas os homens e os animais” (5,6c). Não tem limites a benignidade divina, pois através dela o Criador continua preservando a existência da criação que ele fez surgir do nada e a dirige para os propósitos que designou para todas as criaturas.
O refúgio na presença de Deus é outra preciosa manifestação de sua benignidade. Observe o que nos revela o sétimo verso: “Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade! Por isso os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas”. Para fixar essa verdade em nossos corações, o salmista usa a conhecida figura dos filhotes de ave, que se escondem sob as asas de sua mãe. É na intimidade da oração que encontramos o socorro, auxílio, direção e fortalecimento para enfrentar os instantes tenebrosos e contraditórios da nossa existência.
Outra manifestação da benignidade do Senhor é a derrota de todos os nossos inimigos. Com esta certeza o salmista encerra o cântico: “Não me calque o pé da insolência, nem me repila a mão dos ímpios. Tombaram os obreiros da iniqüidade; estão destruídos e já não podem levantar-se” (11,12). Muitos eram os que maquinavam o mal contra Davi, mas sua confiança na contínua benignidade do Senhor o levava a ver, pela fé, a derrota de todos os seus inimigos.
Queridos leitores, façamos coro com o salmista e celebremos de todo o nosso coração a preciosíssima benignidade de Deus Pai para com todos nós. Porque, através dela, contemplamos a providência de Deus preservando e dirigindo toda a criação, recebemos o acolhimento seguro debaixo das “asas” do Pai e, também, temos a certeza de que, unidos com Jesus Cristo, somos mais que vencedores diante dos nossos inimigos. Aleluia! Louvado seja o Senhor!

Pr Sidney Rosa

sábado, 12 de novembro de 2011

JUSTIÇA DIVINA

E a minha língua celebrará a tua justiça e o teu louvor todo o diaSl 35.28

A leitura do salmo em destaque nos remete para um momento da vida do poeta bíblico no qual ele não encontrou alternativa, senão clamar e esperar pela justa intervenção de Deus em sua vida. A confiança do salmista na justiça dos Céus é tamanha que ele antecipadamente se compromete a celebrá-la louvando ao Senhor enquanto vivesse. O conteúdo do cântico nos orienta a também clamar pela justiça de Deus, ao passarmos por situações difíceis no decorrer da vida.
O clamor pela justiça de Deus se faz necessário quando somos perseguidos injustamente. É o caso do salmista, que declara, a respeito dos seus perseguidores: “Pois sem causa me tramaram laços, sem causa abriram cova para a minha vida” (7). Quantas vezes somos caluniados, difamados, acusados e até desrespeitados sem devermos coisa alguma! É nesses momentos que devemos suplicar ao Senhor que peleje por nós, de tal forma que, no momento certo, tudo seja esclarecido e a justiça seja feita.
A justa intervenção de Deus deve ser buscada quando somos vítimas de traição. O salmista está com a alma dilacerada porque aqueles que tiveram seu apoio em momentos difíceis se levantaram contra ele: “Quando, porém, tropecei, eles se alegraram e se reuniram; reuniram-se contra mim; os abjetos, que eu não conhecia, dilaceraram-me sem tréguas; com vis bufões em festins, rangiam contra mim os dentes” (14,15). Ainda que sejamos tentados a fazer justiça com as próprias mãos, o melhor a fazer é exercitar o perdão e entregar nas mãos de Deus, o justo Juiz.
A justiça divina deve intervir em nossos corações também para que não sejamos agentes da injustiça. O autor do cântico se abre para o julgamento de Deus, pois clama: “Julga-me, Senhor, Deus meu, segundo a tua justiça” (24a). O desejo do nosso coração não deve ser que a justiça divina seja aplicada apenas para aqueles que são nossos desafetos ou nos traíram, mas também em nós, para não sermos promotores da injustiça contra quem quer que seja, nos afastando, assim, da vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável.
Sabendo, meus queridos leitores, que todos nós estamos sujeitos a enfrentar situações na vida em que sofreremos injustiças, o que deve nos consolar é que, ainda que a justiça dos homens falhe, a justiça divina não falha jamais, pois nosso Pai Celeste nos ama com justiça e também aplica sua justiça com amor. Celebremos a justiça de Deus.

Pr Sidney Rosa





sábado, 5 de novembro de 2011

VIVER ABENÇOADO



Venham, meus jovens amigos, e escutem, que eu os ensinarei a temer a Deus, o Senhor. Vocês querem aproveitar a vida? Querem viver dias felizes?Sl 34.11,12

A composição do Salmo em destaque é atribuída a Davi e, provavelmente, foi composto quando ele se refugiava na caverna de Adulão com seu exército, após ter escapado de Abimeleque, rei dos filisteus. O conteúdo do cântico é de louvor e gratidão a Deus pelo livramento experimentado, mas o compositor aproveita a oportunidade para ensinar a todos que querem viver dias abençoados, lidando de forma correta com os riscos e oportunidades que a vida naturalmente nos impõe.
Se queremos aproveitar a vida e viver dias felizes, diz-nos o salmista: “Então procurem não dizer coisas más e não contem mentiras” (13). Nosso viver será abençoadíssimo se usarmos a nossa capacidade de comunicação com o devido cuidado que Deus requer. A maldade e a mentira proferidas pelos nossos lábios impedem o Senhor de derramar seus benefícios sobre as nossas vidas. Honremos a verdade e ela nunca nos decepcionará!
Além disso, o salmista nos orienta: “Afastem-se do mal e façam o bem” (14a), para que aproveitemos a vida e vivamos dias abençoados por Deus. O afastamento das práticas maldosas e a determinação em praticar o bem nos levam a semear hoje aquilo que colheremos amanhã. Por isso, foi recomendado aos cristãos da Galácia e a nós também que “não nos cansemos de fazer o bem, porque ao seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gl 6.9).
Um viver abençoado também dependerá da conquista da paz oferecida por Deus. Isso fica muito claro no ensino do salmista: “(...) procurem a paz e façam tudo para alcançá-la” (14b). Esta paz não está distante daquele que busca a Jesus Cristo de todo o coração, pois ele é o Príncipe da Paz, enviado dos céus para dar ao coração humano a verdadeira e eterna paz. Diz-nos o Senhor “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis aflições; mas tende bom ânimo eu venci o mundo” (Jo 16.33).
Amigos leitores, o ensino do salmista através das Escrituras Sagradas continua sendo a orientação dos céus para todos que querem aproveitar a vida e viver dias felizes, mesmo estando em um mundo perverso, corrompido e dominado pelo maligno. Tenha um viver abençoado por Deus usando sua língua para falar sempre a verdade, praticando incansavelmente o bem e conquistando a paz que, graciosamente, Jesus Cristo dá a todo que nele crê.

Pr Sidney Rosa