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sábado, 31 de dezembro de 2011

CORAÇÃO SOLIDÁRIO

Bem aventurado o que socorre ao necessitado; o Senhor o livra no dia do malSl 41.1

Ainda que o nosso Mestre Jesus Cristo tenha nos orientado a ajudar as pessoas necessitadas ignorando com a nossa mão esquerda o que faz a direita (Mt 6.3), vemos no início do salmo destacado que Deus se alegra e abençoa todos aqueles que se compadecem e socorrem os aflitos e necessitados. Os versículos iniciais nos revelam quais são as bênçãos prometidas para aqueles que têm realmente um coração solidário.
Aquele que se compadece do necessitado e o socorre experimentará o livramento do Senhor. Isso está bem claro na parte final do primeiro versículo: “(...) o Senhor o livra no dia mal”. A nossa solidariedade para com os carentes nunca cairá no esquecimento de Deus, pois poderá chegar a nossa vez de precisarmos de ajuda também. Com certeza, a intervenção divina é certa e oportuna “no dia mal”, quando tudo dá errado e os problemas parecem insolúveis, com as situações da vida tornando-se “cinzentas” ou “nubladas”.
A proteção dos Céus é outra benção garantida para aqueles que têm consideração para com os pobres e aflitos. Essa promessa é claramente declarada no segundo versículo: “O Senhor o protege, preserva-lhe a vida e o faz feliz na terra; não o entrega à discrição dos seus inimigos”. Deus se coloca do lado daqueles que são solidários para com os menos favorecidos nesta vida, garantindo a proteção contra terríveis inimigos que querem nos destruir e tirar de cada um de nós a felicidade. Louvado seja o Senhor!
A assistência divina no momento de enfermidade é outra maravilhosa benção para os misericordiosos. Observe o que diz o cântico: “O Senhor o assiste no leito de enfermidade; na doença tu lhe afofas a cama” (3). Não fica nenhuma dúvida de que teremos Deus ao nosso lado, cuidando-nos com muito carinho, quando estivermos doentes. Que maravilha saber que nosso Pai Celeste faz a cama do enfermo tornar-se mais confortável, ou seja, alivia as dores daquele que socorreu aos necessitados.
Queridos leitores, não tenhamos dúvidas de que Deus se agrada dos seus filhos quando eles praticam a misericórdia para com aqueles que estão aflitos e necessitados. A alegria divina é tanta que recompensa a solidariedade dos seus providenciando livramento no dia mal, proteção, segurança e assistência na hora da dor. Aliás, o nosso Senhor Jesus Cristo deixou bem claro: “Bem aventurados os misericordiosos, pois alcançarão misericórdia” (Mt 5.7). Feliz e abençoado 2012 para você e sua família!
Pr Sidney Rosa

sábado, 24 de dezembro de 2011

NATAL INESQUECÍVEL



E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns para os outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer Lc 2.15

A reação dos pastores, após receberem a mensagem trazida pelo anjo do Senhor, foi rápida e positiva, pois queriam ver os acontecimentos que o Senhor lhes anunciou, a respeito do nascimento do Redentor de toda a humanidade. Com certeza aquele Natal foi inesquecível na vida daqueles homens que guardavam o rebanho de ovelhas, e também este Natal pode ser inesquecível na sua, pelos seguintes motivos.
O Natal de Jesus Cristo é boa nova de grande alegria. O anjo enviado declarou: “Não temais; eis que vos trago boa nova de grande alegria (...) é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (10,11). Essa é a boa notícia do Natal: Deus enviou seu filho para libertar as pessoas dos seus pecados, da morte e da condenação eterna. O nascimento de Jesus Cristo só aconteceu porque Deus nos ama e quer salvar-nos. Como essa boa nova vinda dos céus traz grande alegria aos nossos corações!
O Natal do Filho de Deus trouxe a verdadeira paz. Logo após a mensagem do anjo, um grande coral de anjos entoou: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (14). A falta de paz no coração humano é resultado da separação de Deus imposta pelo pecado. Entretanto, com o nascimento do Príncipe da Paz, a esperança renasce para todas as pessoas de boa vontade. Esta paz está disponível a todos e não depende de circunstâncias exteriores, mas de um coração aberto à Graça divina.
O Natal do Messias prometido possibilita a reconciliação com Deus. Os pastores não se deixaram dominar pela dúvida e, após ouvirem a mensagem, “foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura” (16). Aqueles homens simples aproveitaram a oportunidade para confirmar a fé e não foram decepcionados, pois encontraram naquela manjedoura, “envolto em panos”, a criança que anos mais tarde morreria na cruz para reconciliar o pecador perdido com o Deus Eterno.
Queridos leitores, como o Natal foi inesquecível para aqueles pastores, os quais voltaram “glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado” (20). Este Natal, da mesma forma, pode se tornar inesquecível em sua vida também, pois abrindo, pela fé, seu coração a Jesus Cristo você será salvo da condenação eterna e, reconciliado com Deus, experimentará a alegria da salvação e a verdadeira paz. Feliz Natal para você e toda a sua família!

Pr Sidney Rosa


   

domingo, 18 de dezembro de 2011

FELICIDADE VERDADEIRA

Bem aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança e não pende para os arrogantes, nem para os afeiçoados à mentiraSl 40.4

Temos mais um salmo de gratidão atribuído a Davi. Nele percebemos como o coração do rei estava feliz pelo livramento vindo da parte do Senhor em uma situação de risco. No verso destacado, não há dúvida de que a felicidade verdadeira só é possível quando colocamos toda nossa confiança no Senhor. Assim sendo, o salmo nos revela como Deus concede que experimentemos a felicidade eterna, por meio da fé.
 O Senhor nos resgata da perdição do pecado quando confiamos nele de todo coração. Notemos o maravilhoso testemunho do salmista quando invocou ao Senhor: “Tirou-me de um poço de perdição, de um tremendal de lama (...)” (2a). Pelos nossos esforços humanos, permaneceríamos neste estado de infelicidade e miséria que o pecado acarreta, pois somente a graça de Deus pode nos tirar de uma situação tão perigosa como a descrita pelo salmista.
Além disso, o Senhor também nos garante um viver seguro neste mundo tão inseguro. O testemunho do salmista continua: “colocou-me os pés sobre uma rocha e firmou-me os passos” (2b). Em contraste com o terrível “atoleiro” em que nos coloca o pecado, o Deus Eterno, quando nos resgata, firma os nossos pés sobre uma “rocha” estável e digna de confiança. Por isso, certo cristão convicto afirmou: “Sobre Cristo, a Rocha sólida, estou de pé. Todo outro terreno é areia movediça”.
O Senhor continua sua obra em nós colocando em nossos lábios um novo cântico. Observe o que nos revela o terceiro verso: “E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor”. A obra da graça divina em nossas vidas é tão tremenda e tão maravilhosa que faz brotar dos nossos lábios, espontaneamente, um desejo de louvar a Deus, com sincera gratidão, pois Ele nos proporciona tão grande, eterna e perfeita salvação. 
Amados leitores, vimos, então, que Deus deseja que todas as pessoas desfrutem da verdadeira felicidade. Ele nunca se conformou em ver tantos infelizes atolados na “areia movediça” do pecado, da arrogância e da mentira. Confie no Senhor Jesus Cristo de todo coração e não permita que as pessoas arrogantes e mentirosas desviem você da felicidade verdadeira que vem de Deus.

Pr Sidney Rosa

domingo, 11 de dezembro de 2011

FRAGILIDADE HUMANA



Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidadeSl 39.4

Muito interessante e instrutiva é a oração feita por Davi, a qual está inserida no salmo em destaque, em que ele pede a Deus que o faça conhecer e reconhecer a realidade da fragilidade humana. O desconhecimento da nossa finitude pode nos levar a um estilo de vida altamente destrutivo por não considerar alguns fatores que são determinantes em nosso relacionamento com Deus e com o próximo.
À luz de nossa fragilidade devemos sempre controlar o uso de nossas palavras. Veja como o salmo nos instrui: “Disse comigo mesmo: guardarei os meus caminhos, para não pecar com a língua; porei mordaça à minha boca, enquanto estiver na minha presença o ímpio” (1). A preocupação com a língua era tanta que o compositor do cântico decidiu colocar uma “mordaça” na boca. O mesmo cuidado deve existir em nós, pois não podemos ignorar o poder das nossas palavras, usadas para abençoar ou para amaldiçoar as pessoas. Elas também podem glorificar e louvar a Deus ou entristecê-lO com os nossos murmúrios e reclamações. Por isso, encontramos várias orientações bíblicas para não sermos precipitados no uso de nossas palavras. Uma delas nos ensina o seguinte: “Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irarTg 1.19
Levando em conta também a fugacidade da nossa vida, devemos reconhecer nossa total dependência do Senhor. Neste sentido, o salmista é enfático: “Ouve, Senhor, a minha oração, escuta-me quando grito por socorro; não te emudeças à vista de minhas lágrimas, porque sou forasteiro à tua presença, peregrino como todos os meus pais o foram” (12). De fato, somos peregrinos ou forasteiros nesta vida tão curta e passageira! Por isso devemos nos conduzir neste mundo reconhecendo nossa total dependência do Senhor, fazendo da oração o meio de buscarmos auxílio dos céus em nossa caminhada de fé. Não são poucas as vezes que também devemos gritar pedindo socorro ao nosso Deus e Pai. Passamos por muitas provações nesta vida. Elas nos levam a reconhecer as nossas limitações, pois vão além da capacidade humana. Quantas lágrimas já vertemos por nos sentirmos impotentes diante de problemas que nos assediam diariamente. Nestes momentos, não vemos outra saída, senão levantarmos as mãos para o Alto e gritarmos pelo socorro divino.
Amados leitores, conhecer e reconhecer a nossa fragilidade pode nos levar a um estilo de vida abençoado, em nosso relacionamento com o semelhante e também com Deus. Pois, com certeza, teremos muito mais prudência em nosso falar, para que outros sejam abençoados e nosso Pai Celestial glorificado. Além do mais, não teremos dúvida nenhuma de que em tudo dependemos do Senhor, sendo a prática da oração o meio de expressarmos esta dependência.
 Pr Sidney Rosa

domingo, 4 de dezembro de 2011

ESPERANÇA FORTALECIDA



Pois em ti, Senhor, espero; tu me atenderás, Senhor, Deus meuSl 38.15

Ainda que a composição do salmo em destaque seja atribuída a Davi, é difícil apontar qual era o momento histórico vivido pelo rei de Israel. O subtítulo do salmo “em memória” parece nos dar a idéia, como dizem alguns estudiosos, de que o salmista pretendia preparar um hino que passasse a ser uma advertência para o futuro, para quando a tentação viesse. Considerando tal possibilidade, encontramos no cântico alguns fatores que fortalecem nossa esperança no amor gracioso de nosso Deus Pai.
Nossa esperança sempre será fortalecida quando mantemos nossa consciência sensível à voz de Deus. O quadro pessoal descrito pelo salmista nos oito primeiros versículos é dramático, trágico e de profundo sofrimento físico, mental e moral. As expressões são fortíssimas: “Ó Senhor, não me repreendas na tua ira... sobre mim a tua mão pesou... as minhas iniqüidades submergem a minha cabeça... estou muito abatido... ando lamentando o dia todo” e, desta forma, demonstra o quanto os seus erros pesaram sobre ele. As lembranças de tais experiências, ainda que doloridas e tristes, mantiveram a consciência do salmista sensível para confiar mais uma vez na graça perdoadora de Deus, e clamar “Na tua presença, Senhor, estão os meus desejos todos, a minha ansiedade não me é oculta”. (9)
Outro fator fortalecedor da nossa esperança na graça abençoadora de Deus é agirmos com integridade para com todas as pessoas. No seu momento de maior crise, o salmista vê o afastamento de seus amigos e a aproximação de seus inimigos. No seu lamento não esconde a sua decepção: “Bate-me excitado o coração, faltam-me as forças, e a luz dos meus olhos, essa mesma já não está comigo. Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga, e os meus parentes ficam de longe” (10,11). Quanto aos inimigos revela que: “Armam ciladas contra mim os que tramam tirar a minha vida; os que me procuram me fazer o mal dizem coisas perniciosas e imaginam engano todo o dia” (12). Apesar de a situação do salmista ser muito delicada e perigosa, ele não se desespera e age com integridade: “Mas eu, como surdo, não ouço e, qual mudo, não abro a boca. Sou, com efeito, como quem não ouve e em cujos lábios não há réplica” (13,14). Que comportamento exemplar para nós que esperamos na justa intervenção de Deus em favor da verdade!
Portanto, queridos leitores, façamos deste salmo um dos nossos memoriais em nossa caminha de fé com Deus. Não deixemos de trazer à nossa memória aquelas experiências que fortalecem a nossa esperança na graça bendita do nosso Pai, pois elas têm o poder de manter a nossa consciência sempre sensível à voz do Senhor que “ensina, repreende, corrige e nos instrui em toda a justiça”. Por mais dolorida que seja a crise que venhamos a enfrentar, e ainda que nos abandonem amigos e parentes, vamos agir com integridade e clamemos com esperança neste dia: “Não me desampares, Senhor; Deus meu, não te ausentes de mim. Apressa-te em socorrer-me, Senhor, salvação minha” (21,22). Amem!
 Pr Sidney Rosa