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sábado, 28 de janeiro de 2012

DIREÇÃO SEGURA

Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e aos teus tabernáculos.Sl 43.3

A leitura do salmo em destaque nos revela o sentimento de alguém que está longe de Jerusalém, em grande aflição, e que ansiava por sua volta à querida cidade onde estava o santuário e a presença de Deus. Tendo como base a situação do autor do cântico, podemos aprender algumas lições sobre a direção de Deus em nossa vida, a única que pode nos garantir a certeza de que chegaremos aos Tabernáculos Eternos.
Com a direção divina, através da verdade eterna, somos capacitados para vencer as injustiças que nos assediam neste mundo poderosamente dominado pelo maligno.  O salmista não tinha dúvida sobre isso, pois declara: “Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra a nação contenciosa; livra-me do homem fraudulento e injusto. Pois tu és o Deus da minha fortaleza. Por que me rejeitas? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos?” (1,2). Por isso, não podemos deixar de “ter sede e fome de justiça” que vem dos céus. Deus nunca deixará de fazer justiça aos seus escolhidos porque está atento aos clamores que fazem dia e noite a ele. Às vezes achamos que Deus está demorando em defender a nossa causa e o nosso “inimigo” parece prevalecer sobre nós. Sentimo-nos oprimidos nesta sociedade fraudulenta, injusta e opressora. Contudo, Deus é fiel e depressa nos fará justiça, se confiarmos nele de todo o nosso coração. Nós temos um Pai que nos responde sempre, seja com um sim, seja com um não, ou mesmo com um espere.
Na direção segura da luz que vem do alto, temos a certeza de que completaremos a carreira da fé vitoriosamente. É o que o salmista nos afirma ao dialogar com a própria alma: “Por que estás abatida, ó minha alma? Porque te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.(5) Em razão de tantas lutas, problemas e adversidades, somos tentados a desfalecer na fé, e nossa alma cai em abatimento e perturbação. Nestes momentos, devemos abrir o nosso coração para que a luz da graça divina dissipe toda dúvida, medo e desânimo, pois é na comunhão com o Pai Eterno que a nossa esperança é renovada e fortalecida. Quantas pessoas, infelizmente, perderam a direção da luz celestial e voltaram para o caminho das trevas morais e espirituais, vivendo agora abatidas, oprimidas e perturbadas. Por isso, o nosso grande desafio é não tirarmos os olhos de Jesus Cristo em nenhuma circunstância, pois ele nos garantiu: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12)
Diante disso, queridos leitores, louvemos a Deus de todo o nosso coração pelo seu imenso e eterno amor por cada um de nós. Ainda que tenhamos muitas e variadas aflições nesta existência, não devemos temer nada e ninguém, pois temos a direção segura dos céus para nos guiar até o fim. Através de Jesus Cristo, o nosso Deus Pai tem nos enviado a verdade e a luz necessárias para que cheguemos vitoriosamente aos Tabernáculos Eternos. Louvado seja o Senhor!
Pr Sidney Rosa


sábado, 21 de janeiro de 2012

ALMA SEDENTA

Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha almaSl 42.1

É impressionante como Davi exprimia em bela linguagem poética sua ardente paixão pela presença e comunhão com Deus, conforme o salmo destacado nos revela. Assim sendo, o cântico nos dá uma aula maravilhosa de como a nossa alma pode e deve desfrutar de uma adoração e comunhão genuínas, de tal forma que experimentemos ao máximo a presença de Deus em nossas vidas.
O adorador apaixonado reconhece que o clamor de sua alma é pelo Deus vivo. O salmista não tinha dificuldade em admitir essa verdade, pois declara: “A minha tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?” (2). Fica muito claro que a alma humana não se satisfaz plenamente a não ser quando está em profunda e íntima comunhão com o Criador, o Deus vivo. Davi não tinha dúvida de que os deuses reverenciados pelas nações vizinhas a Israel, não passavam de ídolos que afastavam as pessoas do Deus Eterno.
A alma sedenta da presença de Deus não dispensa a comunhão fraternal em amor. Observemos o que nos revela o salmista em suas lembranças: “Lembro-me destas coisas – e dentro de mim se me derrama a alma – de como passava eu com a multidão de povo e os guiava em procissão à Casa de Deus, entre gritos de alegria e louvor, multidão em festa” (4). É impossível desfrutar de uma comunhão verdadeira com o Deus vivo se não amamos os nossos irmãos e não temos prazer em estar com eles em culto.
A alma clamorosa confia plenamente nas infalíveis misericórdias do nosso Pai. O testemunho de Davi nos revela que: “Um abismo chama outro abismo, ao fragor das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim. Contudo, o Senhor, durante o dia me concede misericórdia, e à noite comigo está o meu cântico, uma oração ao Deus da minha vida” (7,8). As muitas lutas, provas e ameaças desta vida não podem calar o cristão em seu clamor pela presença divina, pois nada e ninguém podem separá-lo do amor de Deus.
Queridos leirores, não há motivos para a alma humana, quando abatida e sedenta, ficar longe da presença de Deus. Talvez sua alma esteja clamando desesperadamente pela presença e comunhão com Deus, mas você não tem percebido os gritos que partem do seu  coração em direção aos Céus. Quando removemos os “ídolos” do nosso coração e buscamos ao Deus vivo com sinceridade e sem desvalorizar a comunhão fraternal em Cristo, somos alcançados pelas misericórdias de Deus e nossa alma sedenta é satisfeita em amor através da graça.
Pr Sidney Rosa