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sábado, 31 de março de 2012

O PERIGO DA IMPIEDADE



Também Deus te destruirá para sempre; há de arrebatar-te e arrancar-te da tua tenda e te extirpará da terra dos viventesSl 52.5

O subtítulo do salmo nos dá indicação de que ele foi composto por Davi, num momento muito delicado da história do povo de Israel. Doegue, edomita, fez saber a Saul que Davi entrara na casa do sacerdote Abilmeleque e ali recebera ajuda e que, como resultado, não só o sacerdote, mas 85 outros foram mortos à espada pelas mãos do ímpio Doegue a mando do rei Saul. Com este fundo histórico, podemos perceber as nocivas conseqüências da impiedade em três áreas importantes.
A primeira delas é na vida material. O versículo acima destacado nos diz: “(...) há de arrebatar-te e arrancar-te da tua habituação” (5b).  Por causa da atitude ímpia de Doeque, o autor afirma que Deus não o inocentará e que ele será arrancado de sua casa, onde pensava poder habitar com segurança. Ninguém prospera verdadeiramente na vida material se o coração for dominado pela impiedade, ou seja, pela falta de amor e respeito por Deus e por sua obra.
A outra conseqüência da impiedade é a morte, que atinge a esfera da vida física.  É o que também nos revela o salmista, porque sobre o ímpio é dito que Deus o “(...) extirpará da terra dos viventes” (5c). Em outras palavras, Deus riscará o nome do ímpio da memória dos viventes. Misericórdia! É verdade que o ser humano está destinado morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo (Hb 9.27), mas quantas pessoas, por não respeitar os valores do Reino de Deus, vivem impiedosamente e, quando morrem, não deixam sequer uma memória que glorifique a Deus e sirva de bom exemplo para as pessoas.
Ainda outra perigosíssima conseqüência da impiedade é a perdição eterna. Sobre isso, o salmista não economiza palavras: “Também Deus te destruirá para sempre (...)”. Cultivar um caráter ímpio, marcado pela falta de compaixão ao próximo e também sem a devida devoção e o temor a Deus trás para nós, não apenas prejuízos materiais, terrenos e temporários, mas, o que é pior, prejuízos espirituais, celestiais e eternos. Definitivamente não vale a pena viver neste mundo com o coração dominado pelas garras da impiedade.
Diante disso, meus amigos e irmãos em Cristo, lembremos sempre da recomendação bíblica: “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com contentamento” (I Tm 6.6). A vida piedosa marcada pela compaixão e devoção a Deus, aliada a uma atitude de contentamento, não só nos livrará da destruição material, física e espiritual como também nos possibilitará um viver abundante conforme nos testemunha Davi no final do cântico: “Quanto a mim, porém, sou como a oliveira verdejante, na Casa de Deus; confio na misericórdia de Deus, para todo o sempre. Dar-te-ei graças para sempre, porque assim o fizeste; na presença dos fiéis, esperarei no teu nome porque é bom ” (8,9).

Pr Sidney Rosa








sábado, 24 de março de 2012

PERDÃO GRACIOSO


Lava-me completamente da  minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado” (Sl 51.7)

A composição deste salmo é atribuída ao rei Davi por quase todos os estudiosos da Bíblia. Este salmo foi escrito logo depois que o profeta Natã, usado por Deus, falou ao coração do monarca despertando-o de sua consciência adormecida pelo pecado de adultério e homicídio. Convencido do pecado, o salmista buscou e achou o perdão gracioso do Pai Eterno. Considerando a experiência bem sucedida do escritor, temos o caminho traçado para alcançarmos o mesmo perdão para os nossos pecados.
Admitir o pecado é o primeiro passo nessa caminhada. Observemos como o salmista é tremendo neste aspecto: “Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim” (3). Ele não tenta justificar os seus erros e nem mesmo transfere a sua responsabilidade para outros, pois sabe que diante dos olhos divinos não podemos esconder nada. Sem essa admissão dos pecados cometidos, ninguém alcançará a graça perdoadora do Pai Eterno.
Confissão sincera é outro passo essencial. Sabendo disso, Davi abre o coração e confessa: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar” (4). Apesar de ter pecado contra Bate-Seba, contra Urias, contra a nação, em sua confissão, Davi entende que o maior ofendido com o seu pecado foi o próprio Deus. Quando confessamos, com sinceridade de coração, estamos expressando o mesmo sentimento em relação a santidade do Senhor.
Suplica confiante é ainda outro passo crucial para o recebimento do perdão dos céus. É o que faz com muita convicção o autor do cântico: “Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas transgressões (...) Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” (7,10). A confiança de Davi é tanta que não apenas suplica pelo perdão, mas roga também pela sua restauração completa, pois ele sabe e crê que somente Deus é capaz de operar o milagre do perdão restaurador. Louvado seja o Senhor!
Portanto, meus amados e queridos irmãos, como necessitamos trilhar esse caminho, diariamente, buscando o perdão gracioso de Deus! É impossível manter verdadeira comunhão com Deus e os irmãos e praticar o pecado também. Tudo foi escrito para que não pequemos, “(...) se todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo, ele é a propiciação pelos nossos pecados (...)” (I Jo 1b,2a). Por isso, busque o perdão gracioso de Deus, através de Cristo, admitindo os seus erros, confessando-os com sinceridade e suplicando com o coração pleno de fé.
Pr Sidney Rosa





sábado, 17 de março de 2012

ADORAÇÃO DESEJÁVEL



Congregai os meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio de sacrifíciosSl 50.5

O conteúdo deste salmo tem como objetivo principal ressaltar o valor e a importância  de uma adoração verdadeiramente espiritual, ou seja, “em espírito e em verdade”, em contraste com uma adoração meramente formal. Sendo assim, vejamos alguns traços da adoração que Deus deseja de todos os seus filhos amados e redimidos pelo sangue de Jesus Cristo derramado na cruz do calvário.
A gratidão sincera que brota do coração é a que o Pai Celeste deseja de seus adoradores. Sobre esse desejo divino o autor é enfático: “Oferece a Deus sacrifício de ações de graças (...)” (14a).  A gratidão é o reconhecimento de que tudo que somos e temos vem do Senhor. Por isso, não podemos deixar de agradecer por todos os benefícios que o nosso Pai tem nos dispensado a cada dia, no suprimento de todas as nossas necessidades. “Em tudo dai graças, pois esta é vontade de Deus em Cristo Jesus para convoscoI Ts 5. 18
Deus também deseja de seus adoradores o cumprimento das promessas de obediência. Observe o que nos revela o salmo: “(...) e cumpre os teus votos para com o Altíssimo” (14b). Não podemos afirmar que estamos prestando um culto verdadeiro a Deus se estamos trilhando o caminho da desobediência. Se queremos agradar ao Deus Eterno com nossa adoração, não esqueçamos a recomendação do profeta: “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneirosI Sm 15.22b
Ainda outro desejo que Deus tem para com seus adoradores é ver neles uma verdadeira confiança na sua graça. Que coisa tremenda nos ensina o salmo: “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” (15). Em outras palavras o Senhor está nos dizendo “confiem em mim quando estiverem passando por dificuldades”, porque sem essa confiança não podemos agradar a Deus. Adoradores que assim O agradam nunca serão decepcionados, nem nesta vida, nem na eternidade.
Sendo assim, amados irmãos e amigos, vemos que Deus está congregando todos os seus “santos”, ou seja, todos nós que fizemos uma nova aliança com Ele por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz, para  adorá-lo. Para tanto, glorifiquemos ao nosso Pai nos aproximando dEle com um coração sinceramente grato, com uma viver obediente e confiando na sua maravilhosa graça. Então, a nossa adoração será realmente “em espírito e em verdade”.
Pr Sidney Rosa

domingo, 11 de março de 2012

SABEDORIA DO ALTO


Os meus lábios falarão sabedoria, e meu coração terá pensamentos judiciososSl 49.3

O autor do salmo destacado nos chama a atenção para a sabedoria de Deus. Ele nos alerta para que encaremos os problemas desta vida não apenas com a mente humana, mas com a mente de Cristo que, pelo poder do Espírito Santo, atua em cada um de nós. Sendo assim, observemos algumas lições preciosas da sabedoria que vem dos céus, e que está registrada na palavra de Deus.
O perigo do materialismo é a primeira lição revelada pelo salmista. Olhemos para o que nos diz no cântico: “Por que hei eu de temer nos dias da tribulação, quando me salteia a iniqüidade dos que me perseguem, dos que confiam nos seus bens e na sua muita riqueza se gloriam” (5,6). Este é o grande problema do materialismo, leva o coração humano a confiar nos bens materiais e no poder do dinheiro ao invés de confiar totalmente em Deus que graciosamente supre todas as nossas necessidades. Fuja do materialismo!
Outra lição é sobre a brevidade de nossa existência neste mundo. O salmista também nos revela: “Todavia, o homem não permanece em sua ostentação; é, antes, como os animais que perecem (...) Como ovelhas são postas na sepultura; a morte é seu pastor; eles dessem diretamente para a cova, onde a sua formosura se consome (...)” (12,14). Não podemos esquecer, de forma alguma, que a nossa vida nesta terra é muito curta, comparada com a eternidade. Por isso devemos buscar sempre a vontade Deus em tudo, remindo o tempo, pois os dias em que vivemos são maus.
A doutrina da redenção de nossas almas, operada por Deus, é o principal saber que vem do Alto. Sobre isso, o salmista não deixa a menor dúvida: “Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois ele me tomará para si” (15). O amor de Deus é tão grande e maravilhoso  que providenciou um plano único e eficaz de resgate através de Jesus Cristo, para todo pecador que nele creia. Afinal de contas, o que adianta a pessoa ganhar tudo que quiser ou desejar nesta vida e perder eternamente a sua alma?
À luz destas lições, amados irmãos e amigos, louvemos ao Pai Celeste com todo o nosso coração, pois, ainda que a sabedoria do Alto seja loucura para este mundo dominado pelo maligno, para nós é o poder de Deus que dá sentido e propósito à nossa existência. Não permita que o materialismo domine a sua mente, afastando o seu coração do propósito de Deus, que tanto te ama e te remiu da morte eterna com tão grande e eterna salvação em Cristo. Lembre-se sempre que a nossa vida é muito breve neste mundo.

Pr Sidney Rosa


sábado, 3 de março de 2012

VITÓRIA GARANTIDA



Deus tem mostrado que ele dá segurança ao povo dentro das fortalezas da cidadeSl 48.3

Este salmo é um dos chamados cânticos de Sião, pois celebra a beleza e a segurança da cidade santa. Não foram poucas as tentativas, pelos inimigos de Israel, de destruir a cidade de Jerusalém, mas Deus sempre se colocava ao lado dos seus filhos para frustrar os planos das nações inimigas. Por isso, o conteúdo do cântico nos apresenta algumas razões que nos levam a olhar para este novo ano com a certeza da vitória.
O amor leal de Deus é a primeira razão que enche o nosso coração de esperança, pois o salmista nos convida a refletir: “No teu templo, ó Deus, meditamos em teu amor leal” (9). Deus tem mostrado a lealdade do seu amor pela sua Igreja de maneira fantástica ao longo da história. Quando olhamos para trás, percebemos como o Senhor tem sido leal para conosco! Nenhuma das suas promessas deixou se ser cumprida. Se Ele não foi capaz de poupar seu próprio Filho, para provar o amor dele por você, continue confiando nesse amor leal.
A mão justa de Deus é outro motivo que enche o nosso coração de alegria. Observe o que o cântico afirma sobre a justiça divina: “Como o teu nome, ó Deus, o teu louvor alcança os confins da terra; a tua mão direita está cheia de justiça” (10). Que consolo maravilhoso saber que não estamos à mercê das circunstâncias, muitas vezes tão injustas para conosco, neste mundo tão perverso e corrompido no qual a injustiça graça por todos os lados. “Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite?” (Lc 18.6)
A direção segura de Deus é outro fator decisivo para a vitória do seu povo. Com esta convicção o salmista conclui o salmo: “(...) que este Deus é o nosso Deus para todo o sempre; ele será o nosso guia até o fim” (14). A segurança é o sentimento que deve dominar os nossos corações neste início de ano, pois com Jesus Cristo sendo nosso guia e protetor, não sairemos do centro da vontade de Deus para cada um de nós. Mantenha seu coração totalmente submisso ao Senhor, pois sem Ele “nada podemos fazer” (Jo 15.5).
Como alguém disse certa vez, “o maior sinal da derrota é quando já não se crê na vitória”. Assim sendo, meus amados leitores, ainda que não saibamos o que nos aguarda neste novo ano, façamos coro com os autores do salmo, exaltando e louvando a grandeza do nosso Deus que nos garante vitória ao confiarmos no seu amor leal, esperarmos na sua destra de justiça e seguirmos sua santa direção.
Pr Sidney Rosa