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sábado, 23 de junho de 2012

"Inimigos Secretos"


O justo se alegra no Senhor e nele confia; os de reto coração, todos se gloriamSl 64.10

O conteúdo deste cântico relata a súplica de Davi pedindo a Deus que guarde a sua vida de inimigos secretos, ou seja, pessoas do seu convívio diário que, movidas por inveja e hipocrisia, secretamente intentavam contra o servo de Deus com difamações, calúnias, maledicências e intrigas (2-5). É interessante e instrutivo observar a maneira como o salmista enfrentou tal situação, convicto de que a vitória mais uma vez seria dada pelo Senhor, conforme nos relata o versículo acima.
Todos nós também estamos sujeitos a experimentar situações semelhantes à de Davi. Quantas vezes os filhos de Deus são vítimas daqueles que “afiam a língua como espada e apontam, quais flechas, palavras amargas, para às ocultas, atingirem o íntegro (3,4a). Contudo, o crente em Cristo não deve perder a sua alegria, pois ela está no Senhor, conforme o salmista nos orienta: “O justo se alegra no Senhor (...)”.  É na alegria do Senhor que encontramos força para resistir as “palavras amargas” dos adversários (Ne 8.10).
A confiança na fidelidade do Senhor é também indispensável para enfrentar e vencer os “inimigos secretos”. A salmista não tinha dúvida sobre isso, pois clama com plena confiança tanto na proteção como também na intervenção de Deus a favor da justiça: “Esconde-me da conspiração dos malfeitores (...) Mas Deus desfere contra eles uma seta; de súbito, se acharão feridos. Dessarte, serão levados a tropeçar; a própria língua se voltará contra eles; todos os que os vêem meneiam a cabeça”. (2a; 7,8).
A retidão do coração ou um viver marcado pela transparência e honestidade é outra postura fundamental no enfrentamento àqueles que conspiram contra a reputação dos filhos de Deus. Davi sabia exatamente o que seus inimigos diziam e faziam a seu respeito: “Teimam no mau propósito; falam em secretamente armar ciladas; dizem: Quem vos verá?” (5). Entretanto, o servo de Deus não se intimida e nem se desespera, mas se mantém firme no seu propósito: “os de reto coração, todos se gloriam”.
Amados leitores, não podemos esquecer que a nossa luta não é “contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.10). Por essa razão, na maioria das vezes, esses seres do reino das trevas usam pessoas, “inimigos secretos”, para atingir a integridade dos filhos de Deus. Apesar disso, temos a vitória garantida se mantivermos nossa alegria e confiança no Senhor, com um viver marcado pela retidão.  Louvado seja o Senhor!
Pr Sidney Rosa


sábado, 16 de junho de 2012

SATISFAÇÃO PLENA


Como de banha e de gordura farta-se  a minha alma; e, com júbilo nos lábios, a minha boca te louva, no meu leito, quando de ti me recordo e em ti medito, durante a vigília da noiteSl 63.5,6

Temos diante de nós um dos salmos mais celebrados do hinário de Israel. A composição é atribuída a Davi, quando estava foragido no deserto da Judéia em virtude da perseguição que sofria de seu próprio filho Absalão. Apesar de ter vivido em circunstâncias tão adversas e perigosas, o autor do cântico nos deixou um testemunho maravilhoso de como a alma humana pode encontrar plena satisfação em Deus, conforme se destaca nos versículos acima.
 A mesma satisfação pode ser encontrada por nós quando buscamos ao Senhor de todo o coração. Esse é o primeiro passo conforme nos revela o salmista: “Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água” (1). Tais palavras revelam o profundo e intenso desejo de um coração apaixonado e convicto de que o ser humano só pode encontrar satisfação em Deus, que o criou conforme sua imagem e semelhança.
Outro passo em direção a esta satisfação pessoal é colocar na graça do Senhor toda a nossa confiança. Olhemos para o que diz o cântico sobre isso: “Assim eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória. Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam” (2,3). Como Davi, depois que passamos a confiar e a depender dos favores imerecidos do Pai Eterno para o suprimento de todas as nossas necessidades, o nosso viver experimenta um nível de satisfação tal que, ainda que estejamos atravessando um “deserto” também, nossos lábios louvam continuamente ao Senhor.
Manter a nossa alegria no Senhor é outro importantíssimo passo para que a alma humana esteja sempre satisfeita. Ela nunca será saciada plenamente se colocarmos a nossa alegria nas pessoas, nas coisas materiais e em ideais nesta vida que não sejam compatíveis com os propósitos do reino de Deus. Sobre essa verdade o salmista não deixa nenhuma dúvida ao afirmar que “o rei, porém, se alegra em Deus; quem por ele jura gloriar-se-á, pois se tapará a boca dos que proferem mentira” (11).
Amados leitores, não podemos de forma alguma nos afastar desta “fonte” inesgotável de satisfação, ou seja, da comunhão com o nosso querido Deus pela mediação de nosso Senhor e Salvador Jesus  Cristo, em quem nós temos sido abençoados “com toda sorte de benção espiritual” (Ef 1.3). Não importa as circunstâncias que estejamos atravessando, quando buscamos a Jesus Cristo de todo o coração, confiando em sua maravilhosa graça e mantendo nEle a nossa alegria, a nossa alma estará sempre satisfeita. Louvado seja o Senhor para todo o sempre!
Pr Sidney Rosa

sábado, 9 de junho de 2012

FÉ INABALÁVEL


Uma vez falou Deus, duas vezes eu ouvi isto: Que o poder pertence a Deus, e a ti, Senhor, pertence a graça, pois a cada um retribuis segundo as suas obrasSl 62.11,12

Temos diante de nós mais um salmo atribuído ao rei Davi, composto em dias de lutas, amarguras, perseguições e sofrimentos. Muitas pessoas davam como certa a queda do servo de Deus, conforme o testemunho no terceiro versículo: “Até quando acometereis vós a um homem, todos vós, para o derribardes, como se fosse uma parede pendida ou um muro prestes a cair?”. Apesar dessa infeliz e terrível expectativa dos adversários, Davi não caiu porque cultivou uma fé inabalável em Deus. Olhemos para os versos destacados nos versículos acima e busquemos os elementos que tornam também a nossa fé vitoriosa e inabalável.
O primeiro elemento que torna a nossa fé inabalável é a confiança plena no incomparável poder que pertence ao Senhor. Davi não tinha dúvida nenhuma disso: “Uma vez falou Deus, duas vezes eu ouvi isto: Que o poder pertence a Deus (...)”. Quando somos dominados pela mesma convicção, a nossa confiança não é colocada em nosso desempenho ou em nossa capacidade pessoal, nem no poder econômico ou político, mas no Senhor Jesus que tem todo poder e toda autoridade no universo, pois para Ele não existe impossibilidade nenhuma.
Outro elemento que contribui para a firmeza de nossa fé é a plena dependência da suficiente graça divina. Observemos a declaração maravilhosa do salmista: “(...) e a ti, Senhor, pertence a graça (...). Não apenas a graça salvadora (Ef 2.8,9), mas também a graça que nos sustenta em nossa caminhada de fé até tomarmos posse definitivamente do nosso lugar na glória celestial. Se não reconhecermos a nossa total dependência da graça de Deus, não suportamos os “espinhos” da vida que nos machucam tanto (II Co 12.7-10).
Finalmente, não podemos dispensar da nossa vida a plena esperança na infalível justiça de Deus para manutenção de nossa fé. É outro elemento indispensável em nossa vida e também em nossos relacionamentos, conforme nos revela o salmista: “(...) pois  a cada um retribuis segundo as suas obras”.  Muitos já naufragaram na fé porque acharam que Deus foi injusto no tratamento com eles ou, então, que a justiça divina foi lenta ou incompleta ao ser aplicada nos outros. A justiça de Deus é perfeita, colhemos aquilo que naturalmente semeamos em nossa jornada de vida (Gl 6.7-10).
Amados leitores, a fé inabalável vem pelo ouvir e crer na voz de Deus: “Uma vez falou Deus, duas vezes eu ouvi isto (...)”. Conforme aconteceu com Davi, há muitos adversários que torcem pela nossa derrota, ou seja, que dão como certa a nossa queda a qualquer momento. Contudo, podemos ser mais que vencedores se cofiarmos plenamente no incomparável poder, na suficiente graça e na infalível justiça de Deus.
Pr Sidney Rosa

sábado, 2 de junho de 2012

REFÚGIO VERDADEIRO


Leva-me para a rocha que é alta demais para mim; pois tu me tens sido refúgio e torre forte contra o inimigo.Sl 61.2b,3

O conteúdo deste salmo revela o lamento de alguém que está angustiado por estar longe de Jerusalém, local onde estava o tabernáculo que guardava a Arca da Aliança. Muitos consideram que o autor seja o rei Davi, fazendo referência aos dias atribulados em que enfrentou a furiosa perseguição de seu sogro Saul, ou então, aos tempos não menos angustiosos em que, anos depois, teve pela frente a rebelião furiosa de Absalão, seu próprio filho. Seja qual for a ocasião da composição, aprendemos com o salmista que temos razões suficientes para fazer do Senhor o nosso refúgio.
Fazemos do Senhor o nosso refúgio seguro quando reconhecemos a nossa total dependência dEle. O salmista não esconde essa realidade, pois inicia o cântico declarando: “Ouve, ó Deus, a minha súplica;  atende a minha oração. Desde os confins da terra clamo a ti, no abatimento do meu coração” (1,2a). Deus sempre permite que seus amados filhos enfrentem situações adversas, desafiadoras e algumas até ameaçadoras para reconhecerem que, sem Ele, nada podem fazer. Por isso, não podemos deixar de fazer uso da prática de constantes e fervorosas orações suplicando o auxilio que vem do Pai Celeste. Não fique com o coração abatido por causa das circunstâncias desfavoráveis, os problemas desta vida e os ataques dos inimigos que talvez você esteja enfrentando. Clame ao Senhor! Busque ao Senhor enquanto você pode achá-lo; invoque-o enquanto está perto. (Is 55.6)
Devemos fazer do Senhor o nosso refúgio verdadeiro porque Ele é a nossa única esperança. O salmista nunca perdeu totalmente a esperança. Mesmo em dias os mais angustiosos e aflitivos, ele expressa a esperança de que dias melhores virão: “Assista eu no tabernáculo, para sempre; no esconderijo das tuas asas eu me abrigo (...) Dias sobre dias acrescentas ao rei; duram os seus anos gerações após gerações” (4,6). Esta deve ser também a confiança de todos os filhos de Deus. No enfrentamento das situações difíceis desta vida, ainda que os dias estejam sombrios, nublados e tenebrosos no momento, não podemos perder de vista que “Aquele que está em nós é maior do que aquele que está no mundo” (I Jo 4.4b). Por isso, no Senhor Jesus Cristo, todos os filhos de Deus podem olhar para o futuro com verdadeira esperança: dias melhores com certeza virão para todo aquele que faz do Senhor o seu “refúgio e torre forte de proteção contra os inimigos” (3).
Amados leitores, louvado seja o Senhor Jesus Cristo para todo o sempre! Ai de nós se Ele não fosse o nosso refúgio verdadeiro em todas as situações desta vida. Em virtude de nossa fragilidade, como seres humanos, não podemos abrir mão deste refúgio divino, pois o Senhor é nossa única esperança como sempre cantamos no refrão de um belo hino do cantor cristão (324): “No poder de Cristo, o Mestre, minha vida salva está! Do perigo que cercá-la, ele poderá livrá-la: seu poder eterno sempre a susterá”. Louvado seja o Senhor!
Pr Sidney Rosa