Pesquisar este blog

domingo, 25 de novembro de 2012

DÚVIDA VENCIDA


Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo. Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouca faltou para que se desviassem os meus pésSl 73.1,2

A autoria deste salmo, e dos dez seguintes, é atribuída a Asafe um dos levitas que atuava como músico e líder dos cultos no santuário durante o reinado de Davi (II Cr 5.12). Depois de muitos anos ministrando o louvor e liderando o povo de Israel na adoração a Deus, ele se vê mergulhado numa terrível dúvida que quase o levou a “resvalar os pés” e a desviá-lo dos caminhos do Senhor. A dúvida era a seguinte: por que os justos  sofrem enquanto os ímpios parecem prosperar. A crise foi tanto que, à luz de suas constatações (4-12), ele chegou à seguinte conclusão: “Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência” (13). Ainda bem que o cântico não termina neste versículo, pois nos seguintes podemos ver como Asafe venceu essa terrível dúvida que, com muita freqüência, ronda o coração dos filhos de Deus em todas as gerações.  
Essa dúvida começa a ser vencida quando buscamos uma intimidade maior com Deus. Antes de abandonar a fé e destruir tudo aquilo que havia ensinado e cantado no santuário, ele reflete um pouco mais e toma uma decisão: “Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim; até que fui ao santuário de Deus e atinei para o fim deles” (16,17). É passando um tempo maior com Deus em adoração, com outras pessoas, ouvindo a Palavra, os cânticos de louvor e aprofundando nossa comunhão com o Senhor é que temos condições de ver as coisas do mundo na perspectiva correta. Do ponto de vista apenas humano, Asafe declarou: “Pois eu invejava os arrogantes ao ver a prosperidade dos perversos” (3), mas ele começou a mudar de ideia quando Deus o revelou que a felicidade e a prosperidade dos ímpios eram enganosas, passageiras e que, ao final, eles colheriam as justas conseqüências de um viver marcado pela impiedade, ingratidão e incredulidade.
Essa dúvida é completamente dissipada quando confiamos na direção do Senhor. Depois de restabelecer a comunhão com Deus buscando uma intimidade mais profunda, o salmista amplia sua visão e recobra o equilíbrio espiritual ao declarar: “Todavia estou sempre contigo, tu me seguras pela mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebe na glória. Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem me compraza na terra” (23-24). “Com efeito, Deus é bom (...)”, tal convicção dominou novamente o coração do salmista que o fez lembrar de que a verdadeira segurança do ser humano está na direção segura que pode receber do Senhor. Não podemos duvidar da bondade do Senhor, pois ele nunca nos deixará e nem nos desamparará. Ainda que não tenhamos tudo que queremos nesta vida, teremos todas as nossas necessidades supridas até sermos recebidos na glória celestial.
Amados leitores, por pouco o salmista não foi vencido pela sua terrível e perigosa dúvida! Muitas vezes também ficamos abalados ao perceber que o ímpio, perverso ou incrédulo prospera tanto enquanto nós, que lutamos para manter a nossa integridade no Senhor, não prosperarmos e até passamos por muitas tribulações e sofrimentos. Mas tudo se torna claro e a dúvida é vencida quando buscamos uma intimidade mais profunda com Deus, pois assim podemos perceber a miséria eterna que aguarda os ímpios e a bondosa direção do Senhor conduzindo os salvos para a bem aventurança eterna.  Louvado seja o Senhor!
Pr Sidney Rosa
      



domingo, 11 de novembro de 2012

REINADO ABENÇOADOR


Subsista para sempre o seu nome e prospere enquanto resplandecer o sol; nele sejam abençoados todos os homens, e as nações lhe chamem bem aventuradoSl 72.17

Não se sabe se este salmo é da autoria de Salomão ou se foi composto por alguém que desejava que ele exercesse um governo abençoado e abençoador. Ainda que haja dúvidas quanto à autoria, não se pode negar o caráter messiânico do cântico, pois nele se percebe claro conteúdo profético apontando para aquele que é “maior do que Salomão”, Jesus de Nazaré, o Messias que veio implantar um reinado abençoador no coração de todo aquele que crê. À luz do poema, vejamos alguns fundamentos que tornam o reino de Cristo abençoador na vida do ser humano.
O governo de Cristo é abençoador porque é exercido sob a égide da justiça. No início do cântico este fundamento é claramente estabelecido: “Julgue ele com justiça o teu povo e os teus aflitos, com equidade. Julgue ele os aflitos do povo, salve os filhos dos necessitados e esmague o opressor” (1,3). Num mundo onde impera injustiça, corrupção e opressão, podemos confiar e descansar no Senhor, pois sabemos que as nossas causas são olhadas com carinho pelo “Juiz de toda a terra” (Gn 18.25).
O reinado de Cristo é abençoador porque produz a verdadeira paz que o coração humano tanto anseia. O autor faz referência a ela ao declarar: “Floresça em seus dias o justo, e haja abundância de paz até que cesse de haver lua” (7). Sob o reinado das trevas o coração humano só experimenta perturbação, confusão, destruição e morte, mas quando a pessoa entrega a vida ao gracioso reinado de Cristo, passa a desfrutar daquela abundante paz, que excede todo entendimento.
O domínio de Cristo é abençoador porque é fortemente marcado pela compaixão graciosa. Sobre esse fundamento, que profecia maravilhosa o salmista anuncia: “Porque ele acode ao necessitado que clama e também ao aflito e ao desvalido. Ele tem piedade do fraco e do necessitado e salva aos indigentes. Redime a sua alma da opressão e da violência, e precioso lhe é o sangue deles” (12-14). O que vemos nestas palavras é, sem dúvida, o cuidado especial e compassivo que Jesus tem por todos aqueles que se colocam sob o domínio dEle.
Amados irmãos e amigos, que reinado abençoador Jesus Cristo implanta no coração de todo aquele que nEle crê. Louvemos ao Senhor com alegria, devoção e gratidão, pois “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13). Sob o reinado de Cristo, somos abençoados com toda sorte de benção espiritual, pois seu reino é regido pela justiça, produz verdadeira paz e é marcado pela compaixão graciosa. Louvado seja o Rei dos reis para todo o sempre!
Pr Sidney Rosa