“No dia da minha angústia, procuro o Senhor; erguem-se as minhas mãos
durante a noite e não se cansam; a minha alma recusa a consolar-se” Sl 77.2
Temos mais um
salmo composto por Asafe, no qual reflete as provações pelas quais um servo de
Deus passa em sua caminhada de fé. O coração do autor está angustiado, pois
lamenta a destruição de Jerusalém quando israelitas foram mortos e outros
tantos foram levados cativos para a Babilônia. Contudo, podemos aprender com o
salmista como podemos passar pela provação e sairmos vitoriosos.
Em tempo de
provação devemos clamar ao Senhor de todo coração. Foi exatamente isso que o
salmista fez: “Elevo a Deus a minha voz e
clamo, elevo a Deus a minha voz, para que me atenda” (1). Em tempos de crise e sofrimento, a oração é a reação mais
natural daquele que crê, e Asafe estendeu as mãos em meio às trevas e clamou ao
Senhor. Nosso Deus e Pai sempre responde à oração de seus filhos aflitos, ainda
que não seja a resposta que nós queremos, pois a vontade dEle é boa, perfeita e
agradável para com seus filhos amados.
Em tempo de
aflição também devemos lembrar os feitos de Deus no passado. É o que nos ensina
Asafe: “Recordo os feitos do Senhor, pois
me lembro das tuas maravilhas da antiguidade” (11). Essa recordação é de extrema importância para dissipar
qualquer dúvida do coração aflito no enfrentamento da prova, por mais dura e
dolorida que seja. Quando se recorda as experiências já vividas, nós passamos
pela prova glorificando o nome do nosso Deus, pois temos certeza de que Ele, “ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre”
(Hb 13.8)
Em tempo de
angústia devemos também esperar pela intervenção do Senhor. É na provação que
temos as nossas melhores e mais marcantes experiências com o Pai. Como nós ampliamos
a nossa visão com relação ao amor, à graça e à bondade de Deus nos momentos de
angústia! Enquanto esperamos com paciência e fé pela intervenção do Senhor, nós
vamos aprendendo como tudo que estamos experimentando está de uma maneira
graciosa contribuído para o nosso bem e para nossa edificação pessoal. (Rm 8.28)
Queridos
leitores, ainda que venhamos, no momento da dor, a desabafar e até mesmo a
questionar ao Senhor, como fez Asafe, “Cessou
perpetuamente a sua graça? Caducou a sua promessa para todas as gerações?
Esqueceu-se Deus de ser benigno?” (8,9a),
não podemos deixar de forma alguma de clamar ao Senhor, lembrando sempre das
situações angustiosas já vividas e vencidas com a graça de Deus, por isso
podemos esperar com paciência pela intervenção do Senhor, certos da vitória.
Deus o abençoe!
Pr Sidney Rosa