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quarta-feira, 23 de março de 2011

ENFRENTANDO A IMPIEDADE

Ó Senhor Deus, tu ouvirás as orações dos que são perseguidos e lhes darás coragem. Tu ouvirás os gritos dos oprimidos e necessitados e julgarás a favor deles para que seres humanos, que são mortais, nunca mais espalhem o terrorSl 10.17,18
 
A nota dominante do salmo em desataque é o apelo do autor ao socorro Divino diante das maquinações dos ímpios. Eles não acreditam nas Escrituras Sagradas, desprezam declaradamente a Deus e fazem fortíssima oposição e hostil perseguição àqueles que dedicam a vida aos propósitos divinos. Se foi Davi o autor do salmo, ele o compôs num momento de grande crise, no qual enfrentou perseguição e maliciosa oposição dos seus adversários. Seguindo o exemplo do salmista, devemos assumir algumas atitudes diante da impiedade deste mundo dominado pelo maligno.
A inconformação é uma atitude indispensável no combate à impiedade. No décimo segundo versículo, o salmista faz um profundo apelo: “Vem, ó Senhor Deus, e castiga essa gente má! Não te esqueças dos que estão sendo perseguidos”. É quase uma imposição a Deus, feita por alguém que vê, dia a dia, o progresso do ímpio, enquanto o justo sofre as conseqüências deste avanço. Entretanto, não se trata de uma imposição a Deus; é apenas o clamor que parte de um coração inconformado com o crescimento da maldade dos ímpios contra os servos de Deus.
Outra atitude do salmista, que nos serve de modelo, é a profunda confiança que ele deposita na justiça outorgada pelo Senhor. É o que se percebe no coração do salmista em uma de suas expressões: “Tu ouvirás os gritos dos oprimidos e necessitados e julgarás a favor deles...”. Os ímpios pensam que Deus não existe, e se existe, já se esqueceu dos necessitados e cobriu o rosto para não ver o que está acontecendo. Quão enganado estão aqueles que, dominado por um sentimento de impunidade, pensam que, por sempre conseguirem escapar dos braços da justiça dos homens, poderão escapar da justiça do Deus Eterno.
A perseverança é outra atitude indispensável no coração daqueles que são vitimas da impiedade. Esta é a qualidade de permanecer firme e constante no caminho da piedade e da justiça. Ainda que pareça que os ímpios prosperem e nada lhes acontece, não se deve ceder à tentação de desanimar, pois nosso Deus não mudou. Ele é o mesmo Deus ontem, hoje e eternamente. Seu caráter não muda: seu amor, sua justiça, seu cuidado são sempre os mesmos. Às vezes, os juízos de Deus demoram a manifestarem-se, porém, não falharão e virão, mais cedo ou mais tarde. Tendo em vista que Deus não falhará, busquemos, enquanto esperamos a intervenção divina, o encorajamento dos Céus: “Ó Senhor Deus, tu ouvirás as orações dos que são perseguidos e lhes dará coragem” (17).
Portanto, meus queridos leitores, diante das maquinações dos ímpios, não podemos deixar de apelar, clamar e implorar pelo socorro de Deus, o supremo Juiz de todo o Universo. A justiça é algo inerente ao caráter moral de Deus. Ele não pode ser injusto, não tolera a injustiça.  Estamos num tempo em que muitos que praticam a impiedade se imaginam inalcançáveis pelos braços da justiça humana, porque, na maioria das vezes, esta mesma justiça está comprometida com a impiedade. Contudo, não nos conformemos com a impiedade reinante, mas confiemos na justiça de Deus com um coração perseverante. Louvemos ao Senhor, Justiça Nossa!
 Pr Sidney Rosa

quarta-feira, 16 de março de 2011

MARAVILHAS DIVINAS



Ó Senhor Deus, eu te louvarei com todo o coração e contarei todas as coisas maravilhosas que tens feito. Por causa de ti eu me alegrarei e ficarei feliz. Cantarei louvores a ti, ó Deus AltíssimoSl 9.1,2

Pela leitura dos versículos acima, percebe-se o fervor do coração do salmista ao expressar a sua disposição em louvar ao Senhor e contar todas as maravilhas feitas pelas mãos divinas. Davi colocou toda a sua confiança em Deus, e não em sua própria força, ou sabedoria, ou inteligência, razão pela qual seu coração transbordava de alegria: “Por causa de ti eu me alegrarei e ficarei feliz”. Com a nossa alegria também no Senhor, podemos contar algumas maravilhas divinas sobre as nossas vidas também.
A começar pelas vitórias alcançadas contra os nossos inimigos. É o que declara o compositor do salmo no terceiro versículo: “Quando apareces, os meus inimigos fogem; eles caem e morrem”. Como a presença real de Deus na vida do salmista fazia toda a diferença contra os inimigos do povo de Israel! Não é diferente conosco que não temos que lutar contra “seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes que dominam completamente este mundo de escuridão” (Ef 6.12). Contra tais inimigos que querem nos destruir, roubar e matar só a presença real do Espírito de Cristo em nossas vidas, para que sejamos mais que vencedores.
 Outra maravilha é a disposição do Pai Eterno em ouvir e atender os clamores dos seus filhos em momentos de aflição. Assentado no seu trono e governando soberanamente, Deus não deixa de ouvir os clamores de seus filhos pedindo ajuda em muitas situações da vida. O salmista reconhecia a ajuda que vinha do Alto e exclamou: “Ó Senhor, aqueles que te conhecem confiam em ti, pois não abandonas os que procuram a tua ajuda” (10). Quando colocamos nossa confiança no Senhor, podemos contar com a ajuda divina para enfrentar todos os desafios e perigos que a vida neste mundo naturalmente nos impõe. Lembremos sempre da letra de um dos nossos hinos que diz: “Oh que paz perdemos sempre. Oh que dor no coração, só porque nós não levamos tudo a Deus em oração”, pois o Senhor nunca abandona os que procuram a sua ajuda.
Ainda outra maravilha, a maior delas, é a salvação eterna que temos em Jesus Cristo. O salmista não deixa de contar como Deus o salvou da morte em seu louvor: “(...) a fim de que eu, na presença do povo de Jerusalém, possa me levantar para anunciar o motivo que te louvo e dizer que sou feliz porque me salvaste da morte” (14). De igual modo, podemos usar os nossos lábios para louvarmos a Deus por tão grande salvação que Jesus Cristo conquistou na cruz do calvário para todo aquele que crê. Ele nos livrou da morte eterna, da condenação que o pecado impôs na vida de todos os seres humanos. Mas agora, como diz a Bíblia Sagrada: “(...) já não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Jesus Cristo” (Rm 8.1). Que benção maravilhosa!
Como vimos, meus queridos leitores, quantas maravilhas Deus tem feito em nossas vidas! Não podemos deixar de nos alegrar no Senhor e louvá-lo de todo coração. Ainda que estejamos atravessando momentos difíceis, tempestuosos, adversos, doloridos e embaraçosos, unidos com Jesus Cristo, pela fé, alcançaremos vitórias contra todos os nossos inimigos, não seremos abandonados pelo Pai quando pedirmos ajuda e, acima de tudo, temos certeza da salvação eterna. Que coisas maravilhosas Deus tem feito por nós!
Pr Sidney Rosa


quinta-feira, 10 de março de 2011

O QUE É O SER HUMANO?

Quando contemplo os céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é um simples ser humano para que penses nele. Que é um ser mortal para que te preocupes com ele?Sl 8.3,4

No salmo em destaque, o salmista, ao contemplar a imensidão do universo, expressa toda a sua admiração ao Criador. Davi começa e termina o cântico com uma linda expressão de louvor a Deus: “Ó Senhor, nosso Deus, a tua grandeza é vista no mundo inteiro(1,9). O encantamento do rei de Israel não se fixa apenas nos astros celestes criados por Deus, mas principalmente na criatura humana. Como um Deus tão grande, sublime, supremo, todo-poderoso, majestoso e excelso pode se importar com um simples e mortal ser humano? Diante de tantas maravilhas existentes no universo, por que Deus se preocupa tanto comigo e com você, ou seja, com as pessoas?
Um dos motivos é porque ele nos criou “conforme sua imagem e semelhança”. As demais criaturas de Deus vieram à existência tão somente pelo poder da sua palavra. Para a criação do homem, entretanto, há uma ação especial, pois Deus nos fez do pó da terra. No sexto dia da criação disse o Criador: “Façamos o homem conforme a nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.26). A imagem e semelhança de Deus no ser humano consistem nas aptidões da personalidade que nos fazem capazes de interagir com outras pessoas, pensar e refletir, de possuir livre arbítrio. Por isso, o ser humano é o clímax da criação, recebendo “honra e glória de um rei” (5) do próprio Criador.
Deus também deu aos humanos a responsabilidade da mordomia sobre toda a criação. Nesse aspecto o salmista faz uma declaração tremenda: “Tu lhe deste (ao ser humano) poder sobre tudo que criaste; tu puseste todas as coisas debaixo do domínio dele” (6) Tudo foi feito em função do homem. Disse alguém, com bastante propriedade, que Deus primeiro criou o cenário e depois colocou em cena o ator principal. Tudo foi criado para ser administrado pelo ser humano. Deus delegou a nós uma grande responsabilidade: cuidar, e muito bem, de toda a natureza ao nosso redor.
Ainda outro motivo do cuidado e preocupação divino para conosco diz respeito à eternidade que ele colocou no coração humano. Fomos criados para viver em comunhão com Deus eternamente, entretanto, o pecado nos separou dEle. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, movido por amor, providenciou um plano maravilhoso para nos resgatar da condição de separação e nos reconciliar com Ele novamente. Por isso, podemos ver grandeza de Deus e do seu amor, não apenas no imenso universo criado, mas principalmente no sacrifício que Jesus Cristo fez na cruz do calvário para resgatar toda humanidade.
Meus queridos leitores, como Deus se lembra e se preocupa tanto com o ser humano! Sem sombra de dúvidas, temos eterno valor para o Criador. Eis a pergunta: “Que é o ser humano?”. Eis a resposta: Não somos fruto de um processo evolutivo, ou seja, um macaco aperfeiçoado, como dizem os teóricos da Evolução e, muito menos, uma obra do “acaso”. Não mesmo! Somos importantes aos olhos de Deus. Fomos criados “conforme sua imagem e semelhança” com a responsabilidade de administrar toda a criação e, acima de tudo, criados para amar, servir, obedecer e adorar ao Criador livremente. E, apesar do pecado, o propósito original da criatura humana não ficou comprometido, porque, através do sacrifício de Jesus Cristo na cruz, recebemos o perdão e uma nova vida para vivermos segundo a vontade de Deus. Louvado seja o Senhor!
Pr Sidney Rosa

terça-feira, 1 de março de 2011

REFÚGIO SEGURO



Senhor, Deus meu, em ti me refugio; salva-me de todos os que me perseguem e livra-meSl 7.1

Segundo os estudiosos das Escrituras, o salmo em destaque foi composto e cantado por Davi após ouvir as duras palavras de Cushe, o benjamita, que o atacava e o ofendia com acusações que manchavam a reputação do rei de Israel. Diante de tantas acusações e perseguições, o salmista não reagiu com retaliações e nem fez uso abusivo de sua autoridade real, ao contrário, buscou refúgio no Deus Eterno, a quem fez um apelo sincero: “em ti me refugio; salva-me de todos os que me perseguem e livra-me”. Sempre poderemos contar com tal “refúgio” se o buscarmos com as atitudes certas.
A porta do refúgio divino sempre se abrirá para aqueles que batem nela com um coração humilde. O salmista reconhecia a gravidade e os riscos da situação que enfrentava, mas ele se aproxima de Deus disposto a ser castigado, se ele fosse culpado das acusações que recebia. Ele declara: “Ó Senhor, meu Deus, se tenho feito qualquer uma destas coisas: se cometi alguma injustiça contra alguém, se traí um amigo, se cometi sem motivo alguma violência contra o meu inimigo, então que os meus inimigos me persigam e me agarrem! Que eles me deixem caído no chão, morto, e largado sem vida no pó!” (3-5). A pessoa com um coração humilde está sempre pronta a admitir a possibilidade de erro ou falha cometido.
A porta também não permanece fechada para aqueles que confiam na justiça divina. O salmista não queria fazer justiça com as próprias mãos porque reconhecia as suas limitações para julgar os fatos e as intenções dos seus acusadores e perseguidores. Nesse sentido, o nono versículo é revelador: “Eu te peço que acabes com a maldade dos maus e que recompenses os que são direitos. Pois tu és Deus justo e julgas os nossos pensamentos e desejos”(9). Nosso juízo pode ser falho e temerário em muitas situações que enfrentamos nesta vida tão cheia de desafios e riscos, principalmente em nossos relacionamentos interpessoais. 
O refúgio de Deus tem prazer em receber aqueles que nele entram com o coração cheio de gratidão. Tal era a confiança de Davi na justiça divina que antecipadamente louva e agradece o socorro que receberá do Senhor. Ele termina o salmo de forma maravilhosa, expressando sincera gratidão: “Eu, porém, agradecerei a Deus a sua justiça e cantarei louvores ao Senhor, o Deus Altíssimo” (17). Alguém afirmou em determinada ocasião que: “Gratidão é a vibração das cordas da alma, sob o suave toque da benevolência divina”. Um coração cheio de gratidão sempre terá uma cadeira cativa no refúgio dos céus todas as vezes que tiver necessidade de buscá-lo através da oração
Amados leitores, como o salmista, não podemos e nem devemos abrir mão de tal refúgio enquanto caminhamos pela jornada da fé nesta vida tão cheia de desafios e riscos. Não serão poucas as ocasiões em que necessitaremos nos refugiar em Deus através da oração. Tenhamos convicção de que a porta do refúgio divino sempre se abrirá para nós se batermos nela com um coração cheio de humildade, confiança e gratidão. Por mais complicada, difícil e embaraçosa que seja a situação, você pode contar com um refúgio seguro. Que Deus o abençoe muito em Cristo Jesus!
Pr Sidney Rosa