Temos mais um
salmo composto pelos filhos de Corá, levitas responsáveis pelo ofício do culto
no tabernáculo e depois no templo que foi construído em Jerusalém. A ocasião da
composição é provavelmente depois que o povo judeu voltou para sua terra após
os setenta anos de cativeiro na Babilônia, pois esse retorno só foi possível
porque Deus mostrou mais uma vez a sua misericórdia. Por isso, esse cântico é
instrutivo para nos revelar alguns benefícios da misericórdia de Deus sobre as
nossas vidas.
O perdão
gracioso é primeiro deles. Observemos que revelação maravilhosa nos faz os
filhos de Corá: “Perdoaste a iniqüidade
de teu povo, encobriste os seus pecados todos. A tua indignação reprimiste-a
toda, do furor da tua ira te desviaste” (2,3). É exatamente isso que
acontece quando voltamos para Deus, nos arrependemos e confessamos nossos
pecados. Ele tem o maior prazer em nos perdoar as transgressões e nos purificar
de toda a injustiça. Louvado seja o Senhor!
O segundo
benefício é a restauração da verdadeira paz. Encontramos a confirmação desta
verdade na declaração: “Escutarei o que
Deus, o Senhor, disser, pois falará de paz ao seu povo (...)” (8a). O pecado, além de nos separar de
Deus, estabelece uma relação de inimizade entre nós e Ele, mas quando somos
alcançados pela misericórdia divina temos a comunhão restaurada, ou seja, uma
relação pacífica é instaurada novamente entre o filho perdoado e o Pai. Que
maravilha é ter paz com Deus e ouvi-lo falar dela!
O terceiro
benefício é a oportunidade de começar de novo. Prestemos atenção no que diz o
cântico a esse respeito: “Porventura, não
tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo” (6). Certo pregador disse que “a vida
cristã vitoriosa é uma série de recomeços”, pois é pecado desobedecer a Deus e
cair, mas também é pecado permanecer caído. A parábola do filho pródigo nos
ensina que sempre é possível recomeçar em Cristo, não importa qual seja o
fracasso ou a disciplina em nossas vidas.
Amados
leitores, louvemos com sincera gratidão ao nosso querido Deus, pois suas
misericórdias “são a causa de não sermos
consumidos, porque suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã”
(Lm 3.22,23a). O Senhor tem mostrado
a sua misericórdia para conosco, a cada dia, nos perdoando graciosamente,
falando de paz ao nosso coração e nos dando sempre a oportunidade de recomeçar
quando fracassamos.
Pr Sidney Rosa
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