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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

CORAÇÃO AFLITO

Ando aflito e prestes a expirar desde moço; sob o peso dos teus terrores, estou desorientado
 Sl 88.15

O conteúdo deste salmo reflete um coração em extrema aflição ao falar de trevas, da vida à beira do abismo, da iminência da morte, da sensação de estar se afogando, da solidão e da prisão. Observa-se que este cântico  não termina com uma nota de esperança ou triunfo como os demais salmos de lamentação. Contudo, o texto não deixou de ser inspirado pelo Espírito Santo, nem de nos sugerir algumas instruções a serem seguidas no tempo de aflição e quando nossas orações parecem não ser respondidas.
Em tempos de aflição não podemos deixar de buscar ao Senhor com sincera confiança. No início do cântico o autor faz exatamente isso: “Ó Senhor, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante de ti. Chegue à tua presença a minha oração (...)” (1,2a). Ainda que estejamos passando os piores momentos de nossas vidas, a oração confiante e perseverante continua sendo o nosso primeiro passo no enfrentamento das lutas. Mesmo que a resposta não chegue quando e como queremos, sabemos a “a mão do Senhor não está encolhida para que não possa salvar; nem surdo seu ouvido para que não possa ouvir” (Is 59.1).
Em tempos de aflição também podemos expressar ao Senhor como nos sentimos. Observemos o que fez o salmista: “Sou contado com os que baixam à cova; sou como um homem sem força, atirado ente os mortos; como os feridos de morte que jazem na sepultara, dos quais já não te lembras; são desamparados de tuas mãos” (4,5). Os nossos sentimentos também são considerados pelo nosso Pai Eterno e ninguém melhor do que Ele para ouvir os nossos sinceros “desabafos”, desde que não expressem rebeldia e nem haja hipocrisia em nossos corações.
Em tempos de aflição devemos esperar pela resposta do Senhor. Essa instrução fica bem clara no exemplo do salmista: “Os meus olhos desfalecem de aflição; dia após dia, venho clamando a ti, Senhor, a ti levanto as minhas mãos” (9). Em muitas situações de lutas e aflições também nos sentimos solitários, mas devemos continuar orando e buscando o socorro de Deus, pois ele sempre tem a última palavra, e ela não será uma palavra de desesperança. Ainda que tudo esteja dando errado aos nossos olhos, devemos continuar com as nossas mãos levantadas e esperando sempre na graça e no amor de nosso Deus.
Amados leitores, não são poucas as situações adversas, difíceis e complicadas que experimentamos ao longo da estrada da vida. Ainda mais quando nossas orações parecem não ser respondidas!  Ainda que os nossos corações sejam tomados de extrema aflição, não podemos deixar de buscar ao Senhor com fé, expressando com sinceridade os nossos sentimentos e com as nossas mãos esperançosas estendidas para trono da graça de Deus.

   
Pr Sidney Rosa



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