Pesquisar este blog

domingo, 28 de agosto de 2011

VERDADEIRO ADORADOR



São assim as pessoas que adoram ao Senhor, que prestam culto ao Deus de JacóSl  24.6

Não se sabe com exatidão a ocasião em que foi composto e entoado pela primeira vez o salmo em destaque. Alguns acreditam que tenha sido quando a Arca da Aliança foi levada da casa de Obede-Edom para a cidade de Jerusalém em uma grande procissão, com muita música e cânticos, liderada por Davi (II Sm 6). Por isso, o salmo é classificado como salmo de adoração, pois trata do prazer que tem o fiel em estar com Deus e na sua casa para o culto comunitário. Sendo assim, o conteúdo do cântico nos ajuda a percebermos alguns traços do verdadeiro adorador procurado por Deus.
O verdadeiro adorador deve reconhecer a soberania de Deus sobre todo o universo, conforme nos afirma os dois primeiros versículos: “Ao Senhor Deus pertencem o mundo e tudo o que nele existe; a terra e todos os seres vivos que nela vivem são dele. O Senhor construiu a terra sobre os mares e pôs os seus alicerces nas profundezas do oceano”. Só quando reconhecemos a soberania divina sobre tudo e todos é que o nosso coração é tomado de um sincero temor que nos leva a uma devoção que agrada ao Pai Eterno.
Outro traço exigido do verdadeiro adorador para que seja aceito por Deus é uma vida verdadeiramente santa. Os versículos três e quatro não deixam dúvida sobre isso: “Quem tem o direito de subir o monte do Senhor? Quem pode ficar no seu santo Templo? Somente aquele que é correto no agir e limpo no pensar, que não adora ídolos, nem faz promessas falsas”. Não podemos descuidar do nosso viver santo, pois sem santificação ninguém verá a Deus, por isso nos santifiquemos cada vez mais para podermos escalar o “monte santo do Senhor” e adorá-lo em espírito em verdade.
O verdadeiro adorador também não deixa de expressar genuína exaltação ao Rei da Glória na celebração do culto. Isso fica evidente na parte final do cântico ao perguntar àqueles que subiam ao templo para adoração: “Quem é o Rei da glória? É Deus, o Senhor, forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha. (...) É Deus, o Senhor Todo-Poderoso; ele é o Rei da glória”. Essa convicção precisa dominar a nossa mente e brotar espontaneamente do nosso coração para que todos saibam que adoramos e exaltamos ao Deus Único, Vivo e Verdadeiro que nos atraiu em Cristo Jesus com laços de amor e benignidade.
Queridos leitores, que conteúdo maravilhoso tem este salmo! Nele vemos alguns traços que todo adorador de Deus precisa possuir, pois sem reconhecermos a soberania de Deus e a necessidade de cultivarmos uma vida de santidade não conseguiremos expressar genuína exaltação ao nosso querido Deus e Pai que tem nos abençoado “com toda sorte de benção espiritual nas regiões celestiais, por meio de Jesus Cristo”. Que sejamos encontrados pelo Pai como verdadeiros adoradores nesse dia lindo que ele nos fez!

Pr Sidney Rosa

domingo, 21 de agosto de 2011

PROVISÃO PLENA


“O Senhor é meu pastor e nada me faltará” Sl 23.1

O salmo em destaque é universalmente atribuído a Davi, o qual, quando jovem, foi pastor de ovelhas nas regiões adjacentes à Belém, na Judéia. Ele conhecia muito bem a vida pastoril e a maneira como um rebanho era tratado no Oriente. Por isso, todas as figuras por ele empregadas no cântico têm por base a sua própria experiência, que foi usada pelo Espírito Santo para inspirar o rei de Israel a escrever este belo hino que exalta a bondade divina em prover tudo que necessitamos para vivermos felizes.
Uma das provisões do Senhor é o repouso aos cansados e a condução às águas tranqüilas, e o segundo verso não deixa dúvida quanto a esta provisão: “O Senhor me faz descansar em pastos verdes e me leva as  águas tranqüilas”. Assim como as ovelhas, somos dominados pelo cansaço proveniente da nossa trajetória de vida e precisamos saciar a sede da nossa alma em Deus. Somente Jesus Cristo pode nos satisfazer plenamente, pois àqueles que atendem a seu convite, ele garante: “Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendem comigo porque sou bondoso e tenho um  coração humilde; e vocês encontraram descanso” (Mt 11.28).
Outra provisão maravilhosa diz respeito ao refrigério renovador e a direção no caminho da justiça, pois o terceiro versículo afirma: “O Senhor renova as minhas forças e me guia por caminhos certos, como ele mesmo prometeu”. Como ovelhas do Bom Pastor, temos a certeza de que não erraremos o alvo e, ainda que a caminho da nossa peregrinação seja estreito e difícil, e o caminho da justiça é assim, encontramos no Senhor força e fortaleza para trilhar nele até o fim. Jesus Cristo prometeu: “Felizes as pessoas que têm fome e sede da justiça, pois ele as deixará completamente satisfeitas” (Mt 5.6).
A proteção e a consolação nas situações de risco é outra provisão do nosso Supremo Pastor que enche os nossos corações de alegria e gratidão. A promessa está no quarto versículo: “Ainda que eu ande  por um vale escuro como a morte, não terei medo de nada. Pois tu, ó Senhor Deus, estás comigo; pois tua vara e teu cajado me consolam”. Por maior que seja o perigo, Ele pode nos libertar, e, se não o suportamos e morrermos ao enfrentá-lo, iremos para sua presença para todo o sempre. O Senhor Jesus fez questão de declarar aos seus seguidores antes de retornar ao Pai: “E lembrem disto: eu estou  com vocês,  até o fim dos tempos”. (Mt 28.20b)
Meus queridos leitores, não tenhamos medo de enfrentar os problemas, as lutas, os perigos, as dificuldades que a carreira da fé nos apresenta. Não somos como muitos que estão exaustos e aflitos, “como ovelhas que não têm pastor”, pois somos ovelhas que temos o Supremos Pastor Jesus Cristo, o qual não deixará faltar nada para vivermos uma vida de fé vitoriosa, e, no fim, cada um de nós fará aquela conhecida declaração do apóstolo Paulo: “Combati um bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (II Tm 4.7).

Pr Sidney Rosa

domingo, 14 de agosto de 2011

MESSIAS SOFREDOR



Desde o meu nascimento, fui entregue aos teus cuidados; desde que nasci, tu tens sido o meu Deus. Não te afaste de mim, pois o sofrimento está perto, e não há ninguém para me ajudarSl 22.10,11

Temos diante de nós um salmo classificado como messiânico. Os salmos assim considerados fazem referências ao Messias, seu reino, sua pessoa, seu sofrimento, à comunidade que brotaria dos seus ensinos e até mesmo ao seu triunfo final. O salmo destacado é atribuído a Davi, provavelmente, segundo alguns estudiosos, composto em um momento de sua vida de extremo sofrimento quando Saul estava para aprisioná-lo e exterminá-lo movido por ciúme e ódio. Contudo, ainda que levando em conta o sofrimento do rei de Israel, nos toca também como o salmo faz alusões às experiências de sofrimento de Jesus Cristo na cruz para nos salvar.
O sofrimento físico do salmista verificou-se também na experiência de Cristo no Calvário. Impressiona o que nos revela alguns versículos: “Já não tenho mais forças; sou como água derramada no chão. Todos os meus ossos estão fora do lugar; o meu coração é como cera derretida. A minha garganta está seca como o pó. E a minha língua gruda no céu da minha boca. Tu me deixaste como morto no chão. Um bando de marginais; eles avançam contra mim como cachorros e traspassaram as minhas mãos e os meus pés. Todos os meus ossos podem ser contados (...)” (14-16a). Quanto sofrimento físico Jesus Cristo sofreu para nos redimir da condenação eterna.
Não foi menor o sofrimento moral do Filho de Deus ao ser levantado na cruz. A experiência do salmista é reveladora e profética neste aspecto, pois nos diz o salmo que “os meus inimigos me olham e gostam do que vêem. Eles repartem ente si a minhas roupas e fazem sorteio da minha túnica. Eu não sou mais um ser humano; sou um verme. Todos zombam de mim e me desprezam. Todos os que me vêem caçoam de mim, mostrando a língua e balançando a cabeça dizem: você confiou em Deus, o Senhor; então por que ele não o salva? Se ele gosta de você por que não o ajuda?” (17b,18; 6-8). Que desprezo e zombaria sofreu o Filho de Deus para nos garantir a entrada no Reino dos Céus.
Mais doloroso ainda que o sofrimento físico e moral foi a sensação de abandono que Jesus experimentou por parte de Deus. Foi no primeiro versículo deste salmo que Jesus veio buscar sua quarta palavra pronunciada na cruz: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? Por que ficas tão longe? Por que não escutas quando grito pedindo socorro?”. Das sete frases que ele pronunciou na cruz, sem dúvida, esta foi a mais sofrida, dolorida e angustiante, pois nela manifestou o maior de todos os seus sofrimentos. Ele que dissera: “...e me deixareis sós; mas não estou só, porque o Pai está comigo” (Jo 16.32), mas na cruz ficou só e desamparado. Sofredor solitário sem o apoio de ninguém para expiar as culpas de toda humanidade em todos os tempos.
Meus queridos leitores, quanto sofrimento experimentou o Messias enviado dos céus para nos resgatar da condenação eterna. Podemos fazer nossa a expressão bíblica ao afirmar que “o amor de Cristo nos constrange”, pois ninguém poderia suportar tanto sofrimento físico, moral e a sensação de abandono de Deus como ele suportou. Tudo por amor a você e a mim e a toda a humanidade separada de Deus por causa do pecado. Você já foi constrangido pelo amor Deus demonstrado no sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo? Você já entregou sua vida a Cristo por meio da fé?

Pr Sidney Rosa

sábado, 6 de agosto de 2011

GRATIDÃO PELA VITÓRIA


Ó Senhor Deus, o rei está muito feliz porque lhe deste força; está muito contente porque o tornaste vitoriosoSl 21.1

Há uma opinião comum entre os estudiosos da Bíblia a respeito de uma relação entre o salmo 20 e o 21, visto que no primeiro lê-se uma oração clamando por uma vitória na batalha, e no segundo é apresentada uma oração de gratidão a Deus pela vitória já conquistada. Não há consenso sobre esta possível ligação entre os textos, mas, sem dúvida alguma, o conteúdo do salmo de hoje expressa um profundo sentimento de gratidão ao Deus Eterno pelas conquistas alcançadas. Assim sendo, o cântico se torna pedagógico, mostrando as providências do Senhor para que andemos em vitória, diante de todas as batalhas que a nós se apresentam.
A começar pela presença dEle em nossa vida. A presença divina com o rei é destacada no quinto versículo que diz: “As tuas bênçãos estão sobre ele para sempre, e a tua presença lhe dá alegria”. Uma coisa é enfrentar as batalhas desta vida sozinho; outra, bem diferente, é enfrentá-las na companhia do Senhor.  Como o nosso coração se enche de alegria quando, ao vencermos uma batalha – qualquer que seja a natureza dela, olhamos para trás e reconhecemos que só vencemos porque o Senhor esteve fielmente ao nosso lado. Louvado seja o Senhor!
Não podemos esquecer do fortalecimento que vem de Deus para suportarmos os ataques dos nossos inimigos. Esta também era outra razão da grata alegria do salmista: “Ó Senhor Deus, o rei está muito feliz porque lhe deste força (...)” (1a). Não são poucos os momentos da vida em que pensamos em desanimar ou abandonar tudo, pois as investidas do diabo são amedrontadoras. Mas sempre o Espírito Santo traz à nossa memória o que disse o profeta: “Não fiquem com medo, pois eu estou com vocês; não se apavorem, pois eu sou seu Deus. Eu lhe dou forças e os ajudo (...)” (Is 41.10). Nestes momentos, somos fortalecidos de uma maneira maravilhosa pelo Pai Eterno, que nos sustenta e nos ajuda a suportar a batalha até o fim.
Outro motivo de gratidão é a intervenção divina para frustrar os planos dos nossos inimigos. Nesse aspecto, o salmo é esclarecedor, pois afirma que “os inimigos planejam maldades e traições contra o rei, porém não terão sucesso(11). O insucesso dos inimigos dos filhos de Deus se deve ao fato de que “os anjos do Senhor estão acampados ao redor” deles e de que nada acontece sem a devida permissão do nosso Pai Celestial. Por isso, não podemos nos afastar da presença dEle. Longe do Senhor não temos a menor força contra “as astutas ciladas de Satanás”.
Meus queridos leitores, estes motivos devem encher os nossos corações de alegre gratidão ao Senhor. Com eles, Deus tem nos feito vitoriosos também na carreira da fé. Olhe para sua vida até hoje e perceba quantas lutas já foram travadas e vencidas. Sem falar na luta diária contra o “inimigo” que vem “para matar, roubar e destruir” a nossa vida e comunhão com o Senhor. Neste dia, façamos coro com o salmista, dizendo: “Ó Senhor Deus, nós te louvaremos por causa do teu poder; nós cantaremos e louvaremos a tua força

Pr Sidney Rosa