Pesquisar este blog

domingo, 14 de agosto de 2011

MESSIAS SOFREDOR



Desde o meu nascimento, fui entregue aos teus cuidados; desde que nasci, tu tens sido o meu Deus. Não te afaste de mim, pois o sofrimento está perto, e não há ninguém para me ajudarSl 22.10,11

Temos diante de nós um salmo classificado como messiânico. Os salmos assim considerados fazem referências ao Messias, seu reino, sua pessoa, seu sofrimento, à comunidade que brotaria dos seus ensinos e até mesmo ao seu triunfo final. O salmo destacado é atribuído a Davi, provavelmente, segundo alguns estudiosos, composto em um momento de sua vida de extremo sofrimento quando Saul estava para aprisioná-lo e exterminá-lo movido por ciúme e ódio. Contudo, ainda que levando em conta o sofrimento do rei de Israel, nos toca também como o salmo faz alusões às experiências de sofrimento de Jesus Cristo na cruz para nos salvar.
O sofrimento físico do salmista verificou-se também na experiência de Cristo no Calvário. Impressiona o que nos revela alguns versículos: “Já não tenho mais forças; sou como água derramada no chão. Todos os meus ossos estão fora do lugar; o meu coração é como cera derretida. A minha garganta está seca como o pó. E a minha língua gruda no céu da minha boca. Tu me deixaste como morto no chão. Um bando de marginais; eles avançam contra mim como cachorros e traspassaram as minhas mãos e os meus pés. Todos os meus ossos podem ser contados (...)” (14-16a). Quanto sofrimento físico Jesus Cristo sofreu para nos redimir da condenação eterna.
Não foi menor o sofrimento moral do Filho de Deus ao ser levantado na cruz. A experiência do salmista é reveladora e profética neste aspecto, pois nos diz o salmo que “os meus inimigos me olham e gostam do que vêem. Eles repartem ente si a minhas roupas e fazem sorteio da minha túnica. Eu não sou mais um ser humano; sou um verme. Todos zombam de mim e me desprezam. Todos os que me vêem caçoam de mim, mostrando a língua e balançando a cabeça dizem: você confiou em Deus, o Senhor; então por que ele não o salva? Se ele gosta de você por que não o ajuda?” (17b,18; 6-8). Que desprezo e zombaria sofreu o Filho de Deus para nos garantir a entrada no Reino dos Céus.
Mais doloroso ainda que o sofrimento físico e moral foi a sensação de abandono que Jesus experimentou por parte de Deus. Foi no primeiro versículo deste salmo que Jesus veio buscar sua quarta palavra pronunciada na cruz: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? Por que ficas tão longe? Por que não escutas quando grito pedindo socorro?”. Das sete frases que ele pronunciou na cruz, sem dúvida, esta foi a mais sofrida, dolorida e angustiante, pois nela manifestou o maior de todos os seus sofrimentos. Ele que dissera: “...e me deixareis sós; mas não estou só, porque o Pai está comigo” (Jo 16.32), mas na cruz ficou só e desamparado. Sofredor solitário sem o apoio de ninguém para expiar as culpas de toda humanidade em todos os tempos.
Meus queridos leitores, quanto sofrimento experimentou o Messias enviado dos céus para nos resgatar da condenação eterna. Podemos fazer nossa a expressão bíblica ao afirmar que “o amor de Cristo nos constrange”, pois ninguém poderia suportar tanto sofrimento físico, moral e a sensação de abandono de Deus como ele suportou. Tudo por amor a você e a mim e a toda a humanidade separada de Deus por causa do pecado. Você já foi constrangido pelo amor Deus demonstrado no sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo? Você já entregou sua vida a Cristo por meio da fé?

Pr Sidney Rosa

Nenhum comentário:

Postar um comentário