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sábado, 12 de novembro de 2011

JUSTIÇA DIVINA

E a minha língua celebrará a tua justiça e o teu louvor todo o diaSl 35.28

A leitura do salmo em destaque nos remete para um momento da vida do poeta bíblico no qual ele não encontrou alternativa, senão clamar e esperar pela justa intervenção de Deus em sua vida. A confiança do salmista na justiça dos Céus é tamanha que ele antecipadamente se compromete a celebrá-la louvando ao Senhor enquanto vivesse. O conteúdo do cântico nos orienta a também clamar pela justiça de Deus, ao passarmos por situações difíceis no decorrer da vida.
O clamor pela justiça de Deus se faz necessário quando somos perseguidos injustamente. É o caso do salmista, que declara, a respeito dos seus perseguidores: “Pois sem causa me tramaram laços, sem causa abriram cova para a minha vida” (7). Quantas vezes somos caluniados, difamados, acusados e até desrespeitados sem devermos coisa alguma! É nesses momentos que devemos suplicar ao Senhor que peleje por nós, de tal forma que, no momento certo, tudo seja esclarecido e a justiça seja feita.
A justa intervenção de Deus deve ser buscada quando somos vítimas de traição. O salmista está com a alma dilacerada porque aqueles que tiveram seu apoio em momentos difíceis se levantaram contra ele: “Quando, porém, tropecei, eles se alegraram e se reuniram; reuniram-se contra mim; os abjetos, que eu não conhecia, dilaceraram-me sem tréguas; com vis bufões em festins, rangiam contra mim os dentes” (14,15). Ainda que sejamos tentados a fazer justiça com as próprias mãos, o melhor a fazer é exercitar o perdão e entregar nas mãos de Deus, o justo Juiz.
A justiça divina deve intervir em nossos corações também para que não sejamos agentes da injustiça. O autor do cântico se abre para o julgamento de Deus, pois clama: “Julga-me, Senhor, Deus meu, segundo a tua justiça” (24a). O desejo do nosso coração não deve ser que a justiça divina seja aplicada apenas para aqueles que são nossos desafetos ou nos traíram, mas também em nós, para não sermos promotores da injustiça contra quem quer que seja, nos afastando, assim, da vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável.
Sabendo, meus queridos leitores, que todos nós estamos sujeitos a enfrentar situações na vida em que sofreremos injustiças, o que deve nos consolar é que, ainda que a justiça dos homens falhe, a justiça divina não falha jamais, pois nosso Pai Celeste nos ama com justiça e também aplica sua justiça com amor. Celebremos a justiça de Deus.

Pr Sidney Rosa





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