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sábado, 25 de junho de 2011

REVELAÇÃO DIVINA

O céu anuncia a glória de Deus e nos mostra aquilo que as suas mão fizeram Sl 19.1

Este salmo é outro atribuído a Davi. Nele, percebe-se que o autor está profundamente tocado com o desejo divino de ser conhecido pelos seres humanos. Considerando que somos finitos e Deus é infinito, não poderíamos de forma alguma conhecê-lo, a menos que Ele se revele para nós, ou seja, a menos que Ele se manifeste de tal forma que possamos conhecê-lo e ter comunhão com Ele. Através de seu empenho em conhecer ao Senhor e desenvolver uma profunda comunhão com Ele, Davi encontrou três fontes da revelação divina e estas também podem nos transmitir conhecimento do nosso Pai Celeste e proporcionar um relacionamento verdadeiro com Deus.
A primeira fonte da revelação é a natureza criada pelo poder da palavra de Deus. O salmista aponta para o céu e declara que o universo criado anuncia a glória do seu Criador. Apesar de não ouvirmos nenhuma palavra, nenhum discurso, declara o salmista que “no entanto, a voz do céu se espalha pelo mundo inteiro, e as suas palavras alcançam toda a terra” (4). Esta é uma revelação geral e através dela Deus comunica a respeito de si mesmo a todas as pessoas, em todos os tempos e de todos os lugares. Qualquer pessoa pode conhecer um pouco do eterno poder e da infinita bondade de Deus contemplando a natureza criada por Ele.
Além da criação, podemos conhecer e ter comunhão com o Criador através da sua palavra registrada e preservada na Bíblia Sagrada. No salmo em destaque, dos versículos 7 a 9, Davi dá seis títulos sugestivos à palavra de Deus: lei, testemunhos, preceitos, mandamentos, temor do Senhor, juízos. Destaca também que os ensinos das Escrituras Sagradas possuem atributos incomparáveis: perfeito, fiel, retos, puro, límpidos e verdadeiros. Por isso, produz resultados maravilhosos na vida do crente, tais como: restaura a alma, dá sabedoria aos símplices, alegram o coração, ilumina os olhos e permanece para sempre. Como é preciosa e importante a leitura, a meditação e a obediência à Bíblia para que tenhamos um verdadeiro conhecimento de Deus.
Finalmente destacamos a revelação de Deus na consciência do ser humano. Nos versos 12 e 13, é como se Deus falasse à nossa consciência, pois não é o bastante ler a Bíblia e ficar admirado com seus conceitos, histórias e ensinos; faz-se necessário vê-los e senti-los atuando no íntimo de cada um de nós. Eles nos libertam dos pecados que nós cometemos sem perceber e também daqueles que cometemos de maneira consciente e deliberada. Façamos coro com o salmista, que diz: “Quem pode ver os seus próprios erros? Purifica-me, Senhor, das faltas que cometo sem perceber. Livra-me também dos pecados que cometo por vontade própria; não permitas  que eles me dominem (...)” (12,13a).
Como vimos, meus queridos leitores, Deus deseja ser conhecido, amado, adorado e obedecido por cada um de nós. Para tanto, o nosso Pai Celeste revela-se de maneira graciosa através da bela natureza criada pelo poder da sua palavra, através da sua palavra registrada nas Escrituras Sagradas e também fala de uma maneira especial à nossa consciência que “às vezes nos acusa e às vezes nos defende(Rm 12.15b). Tudo isso com um propósito de nos trazer de volta para um relacionamento pessoal e redentor com Ele. Ao Deus que se revela a todos nós seja o louvor, a honra e a glória para todo o sempre. Amém!

Pr Sidney Rosa


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