“Como de banha e de gordura farta-se
a minha alma; e, com júbilo nos lábios, a minha boca te louva, no meu
leito, quando de ti me recordo e em ti medito, durante a vigília da noite”
Sl 63.5,6
Temos diante
de nós um dos salmos mais celebrados do hinário de Israel. A composição é
atribuída a Davi, quando estava foragido no deserto da Judéia em virtude da
perseguição que sofria de seu próprio filho Absalão. Apesar de ter vivido em
circunstâncias tão adversas e perigosas, o autor do cântico nos deixou um
testemunho maravilhoso de como a alma humana pode encontrar plena satisfação em
Deus, conforme se destaca nos versículos acima.
A mesma satisfação pode ser encontrada por nós
quando buscamos ao Senhor de todo o coração. Esse é o primeiro passo conforme
nos revela o salmista: “Ó Deus, tu és o
meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu
corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água” (1). Tais palavras revelam o profundo e intenso desejo de um coração
apaixonado e convicto de que o ser humano só pode encontrar satisfação em Deus,
que o criou conforme sua imagem e semelhança.
Outro passo
em direção a esta satisfação pessoal é colocar na graça do Senhor toda a nossa
confiança. Olhemos para o que diz o cântico sobre isso: “Assim eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua
glória. Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam”
(2,3). Como Davi, depois que
passamos a confiar e a depender dos favores imerecidos do Pai Eterno para o
suprimento de todas as nossas necessidades, o nosso viver experimenta um nível
de satisfação tal que, ainda que estejamos atravessando um “deserto” também,
nossos lábios louvam continuamente ao Senhor.
Manter a
nossa alegria no Senhor é outro importantíssimo passo para que a alma humana
esteja sempre satisfeita. Ela nunca será saciada plenamente se colocarmos a
nossa alegria nas pessoas, nas coisas materiais e em ideais nesta vida que não
sejam compatíveis com os propósitos do reino de Deus. Sobre essa verdade o
salmista não deixa nenhuma dúvida ao afirmar que “o rei, porém, se alegra em Deus; quem por ele jura gloriar-se-á, pois
se tapará a boca dos que proferem mentira” (11).
Amados
leitores, não podemos de forma alguma nos afastar desta “fonte” inesgotável de
satisfação, ou seja, da comunhão com o nosso querido Deus pela mediação de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, em
quem nós temos sido abençoados “com toda
sorte de benção espiritual” (Ef 1.3).
Não importa as circunstâncias que estejamos atravessando, quando buscamos a
Jesus Cristo de todo o coração, confiando em sua maravilhosa graça e mantendo
nEle a nossa alegria, a nossa alma estará sempre satisfeita. Louvado seja o
Senhor para todo o sempre!
Pr Sidney Rosa
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