“Leva-me para a rocha que é alta demais para mim; pois tu me tens sido
refúgio e torre forte contra o inimigo.” Sl 61.2b,3
O conteúdo
deste salmo revela o lamento de alguém que está angustiado por estar longe de
Jerusalém, local onde estava o tabernáculo que guardava a Arca da Aliança.
Muitos consideram que o autor seja o rei Davi, fazendo referência aos dias
atribulados em que enfrentou a furiosa perseguição de seu sogro Saul, ou então,
aos tempos não menos angustiosos em que, anos depois, teve pela frente a
rebelião furiosa de Absalão, seu próprio filho. Seja qual for a ocasião da
composição, aprendemos com o salmista que temos razões suficientes para fazer
do Senhor o nosso refúgio.
Fazemos do
Senhor o nosso refúgio seguro quando reconhecemos a nossa total dependência
dEle. O salmista não esconde essa realidade, pois inicia o cântico declarando:
“Ouve, ó Deus, a minha súplica; atende a minha oração. Desde os confins da
terra clamo a ti, no abatimento do meu coração” (1,2a). Deus sempre permite que seus amados filhos enfrentem
situações adversas, desafiadoras e algumas até ameaçadoras para reconhecerem
que, sem Ele, nada podem fazer. Por isso, não podemos deixar de fazer uso da
prática de constantes e fervorosas orações suplicando o auxilio que vem do Pai
Celeste. Não fique com o coração abatido por causa das circunstâncias
desfavoráveis, os problemas desta vida e os ataques dos inimigos que talvez
você esteja enfrentando. Clame ao Senhor! Busque ao Senhor enquanto você pode
achá-lo; invoque-o enquanto está perto. (Is
55.6)
Devemos fazer
do Senhor o nosso refúgio verdadeiro porque Ele é a nossa única esperança. O
salmista nunca perdeu totalmente a esperança. Mesmo em dias os mais angustiosos
e aflitivos, ele expressa a esperança de que dias melhores virão: “Assista eu no tabernáculo, para sempre; no
esconderijo das tuas asas eu me abrigo (...) Dias sobre dias acrescentas ao
rei; duram os seus anos gerações após gerações” (4,6). Esta deve ser também a confiança de todos os filhos de Deus.
No enfrentamento das situações difíceis desta vida, ainda que os dias estejam
sombrios, nublados e tenebrosos no momento, não podemos perder de vista que “Aquele que está em nós é maior do que aquele
que está no mundo” (I Jo 4.4b).
Por isso, no Senhor Jesus Cristo, todos os filhos de Deus podem olhar para o
futuro com verdadeira esperança: dias melhores com certeza virão para todo
aquele que faz do Senhor o seu “refúgio e
torre forte de proteção contra os inimigos” (3).
Amados
leitores, louvado seja o Senhor Jesus Cristo para todo o sempre! Ai de nós se
Ele não fosse o nosso refúgio verdadeiro em todas as situações desta vida. Em
virtude de nossa fragilidade, como seres humanos, não podemos abrir mão deste
refúgio divino, pois o Senhor é nossa única esperança como sempre cantamos no
refrão de um belo hino do cantor cristão (324):
“No poder de Cristo, o Mestre, minha vida
salva está! Do perigo que cercá-la, ele poderá livrá-la: seu poder eterno
sempre a susterá”. Louvado seja o Senhor!
Pr Sidney Rosa
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